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China quer aprofundar cooperação com Brasil sobre vacinas, diz chancelaria

Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou ter uma postura antagônica em relação à China - Thomas Peter/Reuters
Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou ter uma postura antagônica em relação à China Imagem: Thomas Peter/Reuters

Em Pequim (China)

11/06/2021 12h42Atualizada em 11/06/2021 13h38

O Ministério das Relações Exteriores da China disse que Pequim está disposta a aprofundar a cooperação com o Brasil em relação às vacinas contra a covid-19, depois que o presidente-executivo da Sinovac, grande fornecedora de vacinas, disse que os comentários anti-China em Brasília não favoreceram os embarques.

Durante encontro com diplomatas brasileiros em Pequim no mês passado, o CEO da Sinovac Biotech, Yin Weidong, disse que uma mudança de atitude em Brasília seria "conveniente" para relações mais "fluidas e positivas" com o governo chinês, segundo duas pessoas familiarizadas com o assunto.

Em resposta por escrito à Reuters hoje, o Ministério das Relações Exteriores da China disse não ter conhecimento do comentário do executivo da Sinovac, mas enfatizou que "a China se opõe firmemente a quaisquer palavras ou ações que politizem a pandemia".

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou ter uma postura antagônica em relação à China, maior parceiro comercial do Brasil, apesar de declarações do presidente de que a CoronaVac, vacina da Sinovac que está sendo envasada no Brasil pelo Instituto Butantan, não inspirava confiança devido à sua origem chinesa.

Bolsonaro também insinuou recentemente que o novo coronavírus seria parte de uma "guerra bacteriológica" promovida pela China.

O presidente do Butantan, Dimas Covas, disse em depoimento à CPI da Covid no Senado que as declarações de Bolsonaro são responsáveis pelo atraso nas importações do IFA (insumo farmacêutico ativo) da CoronaVac, necessário para o envase de doses da vacina no Brasil.

A Sinovac não respondeu a pedidos de comentário.