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Pesquisadores desenvolvem escala de risco de morte para pacientes da covid

Ferramenta auxilia médicos a colocarem os pacientes em um dos quatro grupos de risco da covid-19 - RICARDO MORAES
Ferramenta auxilia médicos a colocarem os pacientes em um dos quatro grupos de risco da covid-19 Imagem: RICARDO MORAES

09/09/2020 21h55

Cientistas britânicos desenvolveram um modelo de escala de quatro níveis para prever o risco de morte em pacientes hospitalizados com a covid-19, afirmando que isso ajudará médicos a decidirem rapidamente como melhor tratar cada enfermo.

A ferramenta, detalhada em pesquisa publicada no jornal médico BMJ, nesta quarta-feira, auxilia médicos a colocarem os pacientes em um dos quatro grupos de risco da covid-19 —baixo, intermediário, alto ou muito alto risco de morte.

Com hospitais ao redor do mundo recebendo ondas de pacientes com a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, médicos disseram que precisam de ferramentas mais rápidas e precisas para identificar pacientes com maior risco de morte e ajudar a fornecer tratamento direcionado.

O novo modelo —denominado Índice de Mortalidade 4C (Consórcio Clínico de Caracterização de Coronavírus)— usa dados como idade, sexo, condições preexistentes, respiração e nível de oxigênio no sangue. Os resultados dos estudos mostram que ele consegue prever o risco com mais precisão do que outros 15 modelos comparáveis, segundo os pesquisadores, e que também foi mais útil em tomadas de decisões clínicas.

Usando os dados, a calculadora de risco dá pontuações entre 0 e 21 pontos, disse o professor de cirurgia e dados científicos da Universidade de Edimburgo Ewen Harrison, co-líder do estudo. Pacientes com pontuação de 15 ou mais têm risco de mortalidade de 62% em comparação com 1% daqueles que pontuam 3 ou menos.

Os pesquisadores disseram que os pacientes com um baixo Índice de Mortalidade 4C podem não precisar de internação em hospitais, enquanto aqueles em grupos de risco médio ou alto podem receber tratamento mais agressivo com rapidez, incluindo esteróides e internação em unidades de tratamento intensivo, se necessário.