Estudo: não há diferença ao aplicar remdesivir por 5 ou 10 dias
A Gilead Sciences, que sugeriu que um tratamento mais curto poderia ampliar o suprimento limitado do medicamento remdesivir, divulgou hoje as conclusões de um estudo mostrando que não há diferença significativa nos resultados ao aplicar o medicamento por 5 ou 10 dias para pacientes com covid-19 grave.
Gilead anunciou resultados "de primeira linha" do estudo em 29 de abril. As conclusões completas foram publicadas no New England Journal of Medicine.
O estudo da Gilead envolveu 397 pacientes hospitalizados com covid-19 grave, a maioria dos quais não usava ventiladores. A empresa disse que o estudo, que não incluiu comparação com placebo, mostrou que 14 dias após o tratamento com a droga intravenosa, 64% dos pacientes tratados por 5 dias e 54% dos tratados por 10 dias apresentaram alguma melhora clínica.
Na marca de 14 dias, 8% dos pacientes no grupo de 5 dias e 11% dos pacientes no grupo de 10 dias morreram.
A Gilead disse que os resultados não devem ser interpretados como indicação de que a menor duração funcionou melhor, pois as evidências de melhores resultados ocorreram no início, levando os pesquisadores a atribuir a diferença aos desequilíbrios no status do paciente no recrutamento.
Os eventos adversos incluíram náusea e agravamento da insuficiência respiratória. A empresa afirmou que 2,5% dos pacientes no grupo de 5 dias e 3,6% no grupo de 10 dias interromperam o tratamento devido a enzimas hepáticas elevadas.
A FDA, agência responsável pela fiscalização de alimentos e medicamentos dos EUA, concedeu autorização para uso emergencial do remdesivir em 1º de maio, citando resultados de um estudo diferente realizado pelo National Institutes of Health, mostrando que o medicamento reduziu a hospitalização em 31% em comparação com um tratamento com placebo.
A Gilead disse que prevê os resultados de um estudo da empresa com remdesivir em pacientes com covid-19 moderada para o final deste mês.
A Gilead prometeu doar 1,5 milhão de doses de remdesivir —o suficiente para tratar pelo menos 140.000 pacientes— para combater a pandemia do novo coronavírus.
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