Banheiro sob vigilância: quando trocar a toalha e limpar a escova de dentes

A toalha parece sempre limpa. Afinal, você acabou de sair do banho, e ela só toca um corpo recém-higienizado, certo? Errado. Mesmo depois do banho, o tecido acumula células mortas, suor, resíduos de sabão e microrganismos naturais da pele. E, se ela demora para secar, vira um ambiente úmido perfeito para a proliferação de bactérias e fungos.

Por isso, o ideal é lavar a toalha uma vez por semana. Mas o intervalo pode variar conforme o clima. Em dias quentes e úmidos, o tecido permanece molhado por mais tempo — o que favorece a multiplicação de microrganismos — e a troca precisa ser mais frequente. Já em períodos frios e secos, dá para estender um pouco mais o uso.

Outro ponto essencial: toalhas são pessoais e intransferíveis. Elas ficam impregnadas com bactérias da própria pele, o que significa que compartilhar a peça — mesmo com alguém que mora com você — aumenta o risco de contaminações cruzadas.

E se houver ferimentos ou cortes no corpo, a recomendação é ainda mais rigorosa: usar uma toalha limpa ou nova para evitar infecções. O mesmo vale para quem tem doenças transmissíveis por fezes ou urina — nesses casos, a troca deve ocorrer após cada uso, como acontece em ambientes hospitalares.

Como lavar corretamente

Nada de fórmulas mirabolantes: sabão e sol bastam para eliminar a maioria dos microrganismos da toalha. Se quiser reforçar a proteção, passe o tecido com ferro quente, o que ajuda a esterilizar as fibras.

Toalhas devem secar completamente entre os usos. Um tecido úmido pendurado no banheiro pode se transformar em um pequeno ecossistema de bactérias em poucas horas.

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Imagem: iStock

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Escova de dentes: o item mais esquecido do banheiro

Outro objeto que exige mais atenção do que parece é a escova de dentes. Ela entra em contato diário com saliva, restos de alimentos e bactérias — e, se for guardada próxima ao vaso sanitário, pode até receber uma "chuva invisível" de germes a cada descarga.

A boa notícia é que a higienização é simples. Existem três métodos eficazes para manter a escova livre de contaminações:

  1. Com antisséptico bucal: borrife um pouco do produto nas cerdas e deixe secar em local arejado, longe do vaso. Essa é a limpeza rápida, ideal para o dia a dia.
  2. Com água sanitária diluída: use apenas se o rótulo indicar 2,5% de cloro ativo. Misture uma colher de sopa do produto em um litro de água, mergulhe a escova por 10 minutos, enxágue bem e deixe secar.
  3. Com enxaguante à base de digluconato de clorexidina 0,12%: coloque um pouco da solução em um copo limpo, agite a escova por 30 segundos, enxágue e deixe secar.

Essas limpezas químicas — com clorexidina ou água sanitária — devem ser feitas pelo menos uma vez por semana ou após gripes e resfriados. Já a higienização com enxaguante comum pode ser diária.

E não adianta limpar bem se a escova for guardada de forma errada. O ideal é deixá-la na posição vertical, com o cabo para baixo, sem capas e sem recipientes fechados, permitindo que as cerdas sequem completamente.

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*Com informações de reportagem publicada em 21/07/2025 e 22/11/2022

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