É seguro fazer abdominal para quem tem diástase?

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Diástase não é apenas um detalhe estético. Ela acontece quando os músculos retos do abdome —aqueles que formam o "tanquinho" — se afastam mais do que o normal, deixando a barriga com aspecto mais saliente. O problema é especialmente comum em mulheres que tiveram gestações múltiplas ou deram à luz bebês com peso elevado.
Como ela acontece
Durante a gravidez, o corpo feminino passa por um turbilhão de mudanças hormonais e anatômicas. O crescimento do útero para comportar o feto, por exemplo, pode afastar os músculos do abdome. Se essa separação ultrapassa 3 cm ou persiste no pós-parto, recebe o nome de diástase.
Sintomas e diagnóstico
Além da aparência diferente na região abdominal, a diástase pode causar:
- Dores lombares e abdominais;
- Perda urinária;
- Sensação de frouxidão na pelve --quando útero ou bexiga ficam mais baixos que o normal;
- Desconforto estético no pós-parto.
O diagnóstico é simples: pode ser feito por palpação, ultrassom ou, em alguns casos, tomografia no pós-parto.
Como tratar ou prevenir

A primeira linha de defesa é a fisioterapia, focada no fortalecimento da musculatura lateral do abdome, o que ajuda a aproximar os músculos centrais. Quando não há melhora, a cirurgia plástica pode ser indicada.
Na prevenção, o segredo está em preparar o corpo antes e depois da gestação. Exercícios abdominais podem ajudar —mas nunca durante a gravidez, já que podem piorar o quadro.
Quem tem diástase pode fazer abdominal?
A resposta curta é não. O exercício abdominal pode aumentar ainda mais a distância entre a musculatura e "esticar" ainda mais a linha alba — o tecido conjuntivo que separa os músculos.
Outros exercícios também devem ser riscados da lista durante a recuperação:
- Além do tradicional, abdominais que envolvem braços e pernas ao mesmo tempo (eles elevam a pressão intra-abdominal);
- Movimentos de rotação de tronco;
- Pranchas com o abdome para o chão, já que o peso dos órgãos puxa a linha alba para baixo;
- Hiperflexões e hiperextensões da coluna;
- Musculação com cargas muito altas, que não permitam ter o controle muscular e respiratório.
- Atividades de alto impacto que favoreçam escapes de urina.
Se durante a atividade você perceber a barriga "estufando" ou se sentindo mais distendida, é sinal de alerta para suspender o treino imediatamente.
A importância do acompanhamento
Diástase não se resolve sozinha com improviso. O acompanhamento de profissionais especializados em saúde da mulher é fundamental para guiar o processo de reabilitação. Só depois da recuperação é que exercícios mais intensos podem ser retomados — de preferência com a supervisão de um educador físico que conheça a condição.



























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