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Remédios descongestionantes: solução para o nariz ressecado ou vilão?

Uso de descongestionante sem orientação pode acabar transformando o alívio momentâneo em um problema ainda maior Imagem: Getty Images

Colaboração para VivaBem

08/10/2025 17h01

O tempo seco traz consequências que vão além do desconforto. As mucosas do nariz, da boca, da garganta e até dos olhos ficam ressecadas, aumentando o risco de irritações e doenças respiratórias como rinite e bronquite.

O nariz, em especial, sofre bastante: a falta de umidade pode provocar ardência, sangramentos e a sensação de entupimento constante. É justamente nesse cenário que muita gente recorre a descongestionantes, mas o uso sem orientação pode acabar transformando o alívio momentâneo em um problema ainda maior.

Perigo do uso excessivo de descongestionantes

Esses medicamentos têm efeito rápido, mas passageiro —duram em média quatro horas. Quando o efeito acaba, o nariz volta a obstruir, levando a aplicações repetidas. O resultado pode ser o chamado "efeito rebote": a respiração melhora apenas enquanto o remédio está ativo, criando uma dependência do produto. Essa condição é conhecida como rinite medicamentosa.

Além disso, o uso em excesso provoca outros incômodos, como palpitações, irritação na garganta, tosse, ardor e formação de crostas dentro do nariz. Em certos casos, a secura das vias aéreas fica ainda mais intensa. Devido aos riscos, descongestionantes são contraindicados para pessoas com hipertensão, glaucoma, doenças cardíacas, problemas de próstata, gestantes e indivíduos com hiperparatireoidismo.

Crianças e idosos também exigem cuidado extra, já que podem apresentar sonolência ou sedação. A recomendação é clara: só utilizar o medicamento com prescrição de um otorrinolaringologista.

Maneiras seguras de aliviar o ressecamento

Para evitar complicações, o ideal é adotar estratégias que hidratem naturalmente as vias respiratórias. Lavar o nariz com soro fisiológico ajuda a diminuir o desconforto e reduz o risco de sangramentos.

Em crianças e idosos, inalações até três vezes ao dia também são boas aliadas. Outra medida útil é manter a umidade do ar com umidificadores ou, de forma mais simples, panos úmidos espalhados pela casa.

Hidratação constante é fundamental: beber bastante água e carregar sempre uma garrafa ajuda a manter o corpo equilibrado. Também vale ajustar os hábitos diários: evitar exercícios físicos nos horários mais secos do dia (entre 10h e 16h), manter os ambientes limpos e arejados, reduzir o acúmulo de poeira e preferir roupas que não soltem pelos, como moletom, malha, nylon ou couro. Esses cuidados simples ajudam a proteger as mucosas e a respiração, sem os riscos associados ao uso inadequado de descongestionantes.

*Com reportagens publicadas em 20/09/2017, 19/06/2020 e 21/06/2022, 05/09/2022

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