Caminhar após o almoço ajuda a reduzir o nível de açúcar no sangue

Se você tem o hábito de se jogar no sofá logo depois do almoço, talvez seja hora de repensar. Uma simples caminhada de 15 a 30 minutos após as refeições pode ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue e até reduzir riscos ligados ao sedentarismo. E os benefícios valem tanto para quem tem diabetes tipo 2 quanto para quem não tem.

Logo após comer, os níveis de glicose no sangue sobem. O corpo, então, dispara a produção de insulina para transformar esse açúcar em energia ou armazená-lo. Em pessoas com diabetes, essa regulação é mais complicada: os medicamentos até ajudam, mas evitar picos de glicemia continua sendo um desafio. É aí que o movimento entra em cena.

Estudos mostram que o exercício físico pós-prandial (feito depois da refeição) melhora o controle glicêmico, reduz a média da glicose no sangue e até ajusta o perfil de lipídios. O segredo está nos músculos: ao entrar em ação, eles passam a usar a glicose circulante como combustível no exato momento em que ela está em alta na corrente sanguínea. Assim, o pico pós-refeição diminui, e os riscos de descompensação se reduzem.

O efeito é ainda mais importante para quem usa insulina. Fazer atividade física logo após comer reduz o risco de hipoglicemia, já que o exercício aproveita a glicose que o corpo acabou de receber.

E quem não tem diabetes?

A recomendação não é só para diabéticos. Caminhar depois do almoço ou do jantar também é uma forma prática de cortar o tempo sedentário —aquele em que você fica sentado no sofá ou na frente do computador. Esse hábito está ligado ao aumento de casos de obesidade, doenças cardiovasculares e até diabetes.

E se você não tem nenhum problema de saúde, o recado é simples: mantenha uma rotina de exercícios, em qualquer horário. A Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana (como caminhadas rápidas ou pedaladas leves) ou 75 minutos de exercícios intensos (aqueles em que você mal consegue conversar). Vale incluir treinos de força, como musculação ou exercícios com o peso do corpo, de duas a três vezes por semana.

*Com informações de reportagem publicada em 31/07/2023

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