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Obesidade, falta de vitamina D: os fatores de risco para esclerose múltipla

De VivaBem, em São Paulo

20/06/2025 05h30

Autoimune e crônica, a esclerose múltipla é uma doença que afeta o cérebro e a medula espinhal, com sintomas que podem incluir fadiga intensa, fraqueza nos músculos, problemas de visão e de memória. A condição não tem cura, mas há tratamentos capazes de controlar sua progressão e garantir qualidade de vida.

Ainda que a causa exata da doença seja desconhecida, existem fatores que podem aumentar o risco de desenvolvê-la, principalmente em pessoas com predisposição genética, explicou o neurologista Marcos Alvarenga, no oitavo episódio da nova temporada do Conexão VivaBem, apresentado por Flávia Alessandra no Canal UOL.

"Infelizmente, o impacto de você tomar atitudes preventivas não é tão eficaz", ponderou o médico. "Mas existem pontos que já estão sendo considerados fatores de risco para desenvolver a doença e que você pode, obviamente, tentar controlar".

O tabagismo é um deles, segundo o neurologista. Outro é a obesidade. "O obeso é um ser inflamado, porque a obesidade faz com que o sistema imune fique toda a hora sendo ativado e, se ele tiver uma predisposição genética para ter uma doença como essa, pode ser um gatilho", afirmou Alvarenga.

Mais um elemento associado à esclerose múltipla é a deficiência de vitamina D. Segundo o neurologista, a doença é mais prevalente em países do hemisfério norte, onde a exposição solar é menor.

"Já foi demonstrado que baixos níveis de vitamina D estão ligados tanto ao risco de desenvolver a doença quanto à sua piora ao longo do tempo", explicou o médico. "Essas três coisas são muito importantes para a gente conscientizar o público".

Ter casos de doenças autoimunes na família também pode ser um sinal de alerta.

Se você tem uma pessoa na sua família com doença imunológica, como artrite reumatoide, tireoidite de Hashimoto, psoríase ou lúpus, ter uma outra autoimunidade na família, como esclerose múltipla, também é possível. Se você está nesse círculo, tenta manejar esses fatores. Marcos Alvarenga, neurologista

O neurologista destaca que o diagnóstico precoce, o acompanhamento médico e a adesão ao tratamento são os pilares para uma vida estável com a doença.

Medicamentos de alta potência têm sido usados para controlar o sistema imunológico, reduzindo significativamente as chances de novas crises. "Esses medicamentos fazem com que você tenha uma pequena chance de a doença voltar, é como se eles trouxessem de volta o equilíbrio do sistema de defesa", explicou Alvarenga.

Além disso, é fundamental tratar sintomas como fadiga e incontinência urinária, que impactam diretamente a qualidade de vida dos pacientes.

A apresentadora e modelo Carol Ribeiro afirma que é possível viver bem com esclerose múltipla. Ela, que também participou do programa, foi diagnosticada com a doença em 2023.

"Quando te falo que eu fiquei muito bem, eu fiquei com sintomas, tomo imunomodulador a cada 6 meses. Mas continuei com sintomas, mesmo sem entrar em crise, então eu fiz várias mudanças no meu estilo de vida", disse ela.

Carol contou que passou a cuidar da alimentação e a fazer exercícios físicos, como musculação. "Não é fácil, mas é possível viver bem com esclerose múltipla", afirmou a modelo. "É um impacto receber o diagnóstico e o começo do tratamento pode ser difícil, mas você vai se adequando".

Conexão VivaBem

Semanalmente, Flávia Alessandra comanda um papo sobre saúde, bem-estar e qualidade de vida com convidados especiais. Novos episódios ficam disponíveis toda terça no Youtube de VivaBem e no Canal UOL - na TV, o programa é exibido às 21h30. Assista ao episódio completo com Carol Ribeiro no topo da página.

O Canal UOL também está disponível na Claro (canal nº 549), Vivo TV (canal nº 613), Sky (canal nº 88), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64), Samsung TV Plus (canal nº 2074) e no UOL Play.

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