Para maiores de 50 anos: como manter uma vida sexual ativa e saudável

Se você já cruzou a marca dos 50 e percebeu algumas mudanças na vida sexual, não há motivo para alarme. É perfeitamente natural que o corpo e as relações passem por ajustes com o passar dos anos.

No caso das mulheres, essas transformações costumam ser ainda mais evidentes, principalmente com a chegada da menopausa. Mas com algumas adaptações é totalmente possível (e saudável) manter a vida sexual ativa, prazerosa e segura nessa fase da vida.

VivaBem ouviu especialistas e separou dez dicas para te ajudar a usar o tempo a seu favor:

1. Mantenha a saúde física e mental: o corpo e a energia mudam, o que não precisa mudar é o desejo sexual. Nesse sentido, o exercício físico é de extrema importância, pois contribui para manter a forma e melhorar a elasticidade do corpo. Além disso, promove bem-estar porque aumenta a liberação do neurotransmissor chamado serotonina, que é antidepressivo.

2. Invista no sexo preliminar: sim, as preliminares são ainda mais importantes nesse momento da vida. Todo o corpo é sensível e pode ser estimulado ao toque, especialmente seios e genitália. O clitóris é o órgão responsável pelo prazer sexual maior e pelo orgasmo. Cerca de 80% a 85% das mulheres só atingem o clímax com o estímulo do clitóris. Portanto, as preliminares são essenciais para acender a chama. Use a criatividade.

3. Tente algo diferente: após anos de relacionamento é comum que muitos casais acabem caindo na rotina e, consequentemente, o desejo sexual diminua. Por isso vale tentar um estimulante diferente. Os vibradores e brinquedos eróticos são ótimas opções e podem ser usados individualmente ou com parceiros. Mas fique atento: comprar muitos objetos de uma única vez pode gerar ansiedade e receio. A dica é começar aos poucos.

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Imagem: JuliaMikhaylova/Getty Images/iStockphoto

4. Diálogo: essa é a chave para qualquer relacionamento duradouro. Além disso, nessa idade, o casal já adquiriu maturidade suficiente para vencer os tabus e as limitações. Por isso, fale abertamente sobre tudo: o que gosta, os desejos, o que não gosta. E lembre-se: ninguém precisa apenas agradar o parceiro, sexo tem que ser bom para os dois.

5. Toque: permita-se tocar o outro, não apenas quando estiverem num encontro sexual, mas sempre. Pequenos gestos e contatos físicos, além de expressar afeto/carinho, podem também despertar o desejo.

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6. Inove em ambientes: saia da mesmice e invista em saídas para um motel, praias desertas ou um hotel fazenda. Essa é uma boa dica para quebrar a rotina e dar aquela levantada na relação.

7. Fique sempre confortável: identifique quais as melhores posições para você.

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Imagem: iStock

8. Procure manter a forma: a menopausa produz uma redução drástica do estrogênio, aumentando a gordura abdominal. Isso pode refletir na autoestima da mulher e comprometer o desejo sexual. Mas vale lembrar que quando realmente há química, a gordura localizada não vai atrapalhar.

9. Cuidado com medicamentos: vale ficar de olho se algum medicamento está dificultando a relação sexual. Os inibidores seletivos da receptação da serotonina (fluoxetina, paroxetina, sertralina etc.), os benzodiazepínicos, bem como determinados antidepressivos podem afetar negativamente a função sexual da mulher. Na dúvida, consulte o médico.

10. Cuide da genitália: na transição da menopausa e após esse período é frequente o ressecamento vaginal e a redução da lubrificação durante a relação sexual, que podem levar à dor conhecida como dispareunia. Ou seja, mesmo que a excitação esteja lá em cima, a lubrificação não acompanha. Nesses casos, procure um ginecologista para solicitar um medicamento, hidratante vaginal ou até mesmo uma fisioterapeuta pélvica. Mas até resolver o problema, uma opção é usar lubrificantes.

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Por fim, os especialistas avaliam que todos os momentos, até chegar na "hora H", devem ser confortáveis. E vale ressaltar que o melhor sexo não tem a ver, necessariamente, com frequência, mas sim com qualidade. Uma relação de anos, por exemplo, tende a ser cada vez mais confortável e íntima.

*Com informações de reportagem publicada em 19/03/2021

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