Malha sem check-up? 6 exames médicos para fazer antes de começar a treinar
Colaboração para VivaBem*
13/06/2025 13h31
Se você só lembra do médico quando algo dói, está na hora de mudar esse hábito — especialmente se decidiu entrar no mundo da atividade física. Antes de encarar a academia (ou mesmo que já tenha começado), uma avaliação médica pode fazer toda a diferença e até mesmo salvar sua vida.
O cardiologista, clínico geral ou médico do esporte vão investigar se há alguma condição de saúde escondida — como problemas no coração, diabetes ou pressão alta — que pode dar as caras durante o exercício. Com base nos exames, o médico ajustará a intensidade e o ritmo dos treinos ideais para o seu corpo. Dependendo do resultado, exames mais específicos podem ser solicitados.
O ideal é fazer esse check-up antes de começar a suar a camisa e repeti-lo ao menos uma vez por ano, mesmo que você já esteja em forma. A seguir, veja os exames mais indicados.
Exames para começar a treinar
Glicemia em jejum: mede quanto açúcar está circulando no sangue. Se der alto (hiperglicemia) ou baixo (hipoglicemia), pode ser sinal de diabetes ou de risco para a doença. Como o treino mexe com o metabolismo, saber como está o açúcar no sangue evita sustos durante o exercício.
Colesterol total e frações: o foco são as gorduras que circulam no sangue: colesterol (bom e ruim) e triglicérides. Níveis descontrolados podem entupir artérias e abrir caminho para picos de pressão alta e problemas cardíacos sérios, como infarto e insuficiência cardíaca, ainda mais se o treino for intenso.
T3, T4 livre e TSH: essa trinca monitora a tireoide, a glândula que dita o ritmo do metabolismo. Se os hormônios estiverem em baixa (hipotireoidismo), o treino pode ser mais difícil, com cansaço e dores musculares e articulares. Se estiverem altos (hipertireoidismo), há risco de arritmia cardíaca, aumento de temperatura corporal e destruição muscular com lesão renal —intensificado com o exercício.
Eletrocardiograma (ECG): com alguns eletrodos presos no peito, punhos e tornozelos, o exame registra a atividade elétrica do coração. É ótimo para flagrar arritmias, sopros e inflamações cardíacas — problemas que podem se agravar no esforço físico e levar até mesmo ao infarto.
Ecocardiograma: é o "ultrassom do coração", capaz de enxergar detalhes anatômicos como deformações, espessura das paredes, funcionamento das válvulas e fluxo sanguíneo. Dependendo do caso, o médico pode pedir versões mais detalhadas, como o Doppler.
Teste ergométrico: aqui você corre para testar seu coração. Na esteira, conectado aos eletrodos, o exame avalia como o organismo reage ao esforço: mede frequência cardíaca, pressão e até identifica isquemia miocárdica — quando o coração não recebe sangue suficiente para realizar suas funções.
*Com informações de reportagem publicada em 05/12/2018