Dançar melhora saúde física e mental e pode queimar até mil calorias

Dançar faz bem para o corpo e para a mente. Além de ser uma forma divertida de se exercitar, a dança melhora o condicionamento físico, queima calorias, tonifica os músculos, alivia o estresse e ainda contribui para o equilíbrio e a postura.

A boa notícia é que a modalidade tem opções para todos os gostos e níveis de preparo. Confira como transformar o gingado em um verdadeiro aliado da saúde.

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Queima calórica e condicionamento cardiovascular

Dançar pode ser um exercício aeróbico intenso, dependendo do estilo e da intensidade da prática, o que significa que aumenta os batimentos cardíacos, melhora a capacidade respiratória e acelera o metabolismo. Em uma hora de aula, é possível gastar de 300 a 700 calorias —algumas modalidades podem chegar a mil calorias, dependendo da intensidade.

Modalidades como FitDance, zumba, axé, funk e o Dance Mix (aula que mistura diversos ritmos como sertanejo, pop e hip hop) são as campeãs na queima calórica, com movimentos mais rápidos e coreografias envolventes. O Dance Mix, inclusive, é ideal para quem está começando: combina diversão e gasto calórico de cerca de 600 calorias por hora.

"Incluo ainda à lista o samba, que promove maior queima calórica por conta do aumento da frequência cardíaca e da intensidade dos movimentos", completa Pauline Iglesias Vargas, professora de educação física especializada em dança pela UPX Sports.

Fortalecimento, postura e controle corporal

Certas modalidades de dança têm foco em força, equilíbrio e consciência corporal. É o caso do Ballet Fitness, que adapta movimentos do balé clássico a sequências de exercícios voltados para o fortalecimento muscular.

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Nessas aulas, não há coreografia: os exercícios são sequenciais e trabalham diferentes grupos musculares em cada aula, com ênfase em pernas, glúteos e abdômen, mas também envolvendo os braços. "O balé faz uma correção desde a pontinha do dedo até a cabeça", ressalta Vargas.

Outros estilos, como jazz e dança contemporânea, também ajudam na tonificação muscular, especialmente de membros inferiores e core (a região central do corpo). Esses ritmos exigem alongamento, agilidade e controle dos movimentos, contribuindo para a melhora da postura e da flexibilidade, e desenvolvem força isométrica.

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Expressão, memória e saúde mental

A dança também é um exercício para o cérebro, já que aprender e memorizar coreografias ativa áreas cognitivas relacionadas à atenção, concentração e memória. Além disso, dançar reduz a produção de cortisol, o hormônio do estresse, e aumenta a liberação de endorfina e dopamina, substâncias associadas ao bem-estar.

"A dança é pró-emocional, sendo uma das modalidades mais completas para o corpo saudável", garante Patrícia Capucho, bailarina clássica e gerente técnica da Cia Athlética.

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A dança de salão, por exemplo, exige coordenação e interação com o parceiro, o que ajuda no desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas. Outro ponto interessante é o caráter progressivo das aulas: os primeiros minutos são geralmente dedicados ao aprendizado de passos básicos, para depois colocá-los em prática ao som da música. Isso favorece iniciantes e aumenta o engajamento.

Como escolher a dança certa para você?

Antes de começar, vale avaliar seu objetivo principal.

Quer emagrecer? Ritmos intensos e coreografados são ideais;

Busca tonificar o corpo? Opte por modalidades que combinam dança e exercícios localizados, como o Ballet Fit;

Quer melhorar postura ou aliviar o estresse? Jazz, balé e dança contemporânea podem ser ótimas pedidas.

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Outro ponto importante é a afinidade com o estilo musical. "Por isso, é sempre recomendável optar por uma dança que você goste e que te dê prazer", sugere a nutróloga Érica Patrícia Chaves, professora da Afya Educação Médica, de Teresina (PI). Escolher uma modalidade com a qual você se identifica musicalmente aumenta a constância nos treinos —fator essencial para manter o hábito e ver os resultados.

Por fim, respeite o seu corpo. A maioria das modalidades pode ser adaptada ao nível de preparo físico de cada aluno, e o progresso vem com a prática. Se estiver em dúvida, experimentar diferentes estilos pode ser uma boa forma de descobrir qual mais combina com você.

Mas danças, sobretudo as mais intensas, exigem cuidados —especialmente para iniciantes ou pessoas com alguma limitação. Segundo a professora Pauline Vargas, o primeiro passo é avaliar a condição de saúde. Além disso, ela lembra da importância de se ter o acompanhamento de um instrutor qualificado, que domine a técnica e adapte os movimentos conforme o nível do aluno.

Dançar faz bem em todas as idades

Independentemente da idade, dançar traz benefícios físicos e mentais. Para os mais jovens, é uma forma divertida de manter o corpo ativo e a autoestima em alta. Para adultos e idosos, pode ajudar na prevenção de doenças crônicas, na preservação da mobilidade e na manutenção do equilíbrio.

"Se a pessoa faz duas aulas de zumba por semana, já está dentro da recomendação para exercícios aeróbicos vigorosos, que é de 75 minutos por semana", explica Pauline Vargas, que complementa: "Além disso, a musculação ou exercícios resistidos devem ser feitos pelo menos duas vezes por semana."

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Já para quem busca emagrecimento e definição, o ideal é manter uma frequência de três a cinco vezes por semana, com aulas entre 45 e 60 minutos. Capucho lembra que o segredo está no equilíbrio: "Se feita duas a três vezes por semana, combinada com boa alimentação, hidratação e sono de qualidade, a dança se torna uma grande aliada do condicionamento físico geral."

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