'Treino quando filhos estão dormindo': a rotina de triatleta de Amanda Lee
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O sedentarismo está longe da rotina da atriz e atleta amadora Amanda Lee, 46. Ela nada todos os dias, acorda às 4h duas vezes por semana para pedalar, faz musculação e ainda participa de provas de triatlo —modalidade que combina natação, ciclismo e corrida.
"Preciso desse tempo para mim, é o meu tempo", diz ela, no sexto episódio da nova temporada do "Conexão VivaBem", apresentado por Flávia Alessandra no Canal UOL.
Mãe de Rafaela, 15, e Vitor, 12, Amanda afirma que pedala quando os filhos estão dormindo. "6h e pouquinho, estou chegando em casa e acordando toda a família com energia, todo mundo cansado e eu lá, e aí eu falo: 'pois é, vocês não fazem teatro, não acordam de madrugada pra treinar, fica todo mundo aí cansado, à base de café'", diz ela.
A escolha pelo treino na madrugada, segundo ela, tem um motivo: segurança. "As pessoas falam 'por que você pedala essa hora?', e eu digo porque, entre aspas, é um pouco mais seguro, não pedalo sozinha, tenho meu batedor, sempre tem alguém".
Eu faço pedal, boto as crianças para a escola, nado e vou pra vida, vou trabalhar, vou organizar casa, fazer o que tiver que fazer. Nos dias que eu não pedalo, eu corro. E a natação a gente usa como treino e também para soltar a musculatura. Amanda Lee, atriz e triatleta
O ciclismo entrou em sua rotina por influência do marido, o ex-jogador de vôlei Nalbert Bitencourt. "Ele comprou uma bike em uma lojinha qualquer e ficava falando: 'Vamos lá comigo, é muito legal'. De tanto ele insistir, fiquei curiosa", conta.
Com a ajuda de um professor, aprendeu a "pedalar clipada" — com os pés fixos aos pedais, por meio de um sistema de encaixe usado com sapatilhas específicas.
A atriz afirma que sempre teve uma vida ativa. "Fui até atleta federada de handebol na adolescência", lembra. Na época, teve que escolher entre o esporte e o teatro — e optou pela arte. "Deixei um pouco de lado algo que eu amo. Mas continuei me mexendo: corria na areia, fazia muay thai, jiu-jítsu, balé, jazz... Não sei que esporte eu não fiz. Talvez sumô", brinca.
Com treinos frequentes e em horários que incluem a madrugada, o sono precisou ser reajustado. Amanda diz que dorme, em média, entre cinco e seis horas por noite. "No começo, ficava destruída, parecia um zumbi. Mas tudo é uma questão de adaptação", afirma. "Hoje em dia, vou dormir às 22h ou 22h30, e acordo bem."
Aos fins de semana, a duração dos treinos aumenta. "Mas começo cedinho e depois sou da família", diz.
Segundo especialistas, manter uma rotina como a de Amanda é possível após os 40 anos, mas requer atenção. "Se a pessoa já praticou atividade física, ela tem o que chamamos de memória motora, que facilita a retomada dos movimentos", explica Andre Vieira, preparador físico e treinador que acompanha a atriz e que também participou do programa.
A memória motora e muscular é a capacidade do corpo de reter informações sobre movimentos já realizados, o que contribui para a fluidez do retorno. Mesmo assim, o condicionamento aeróbico pode ser um desafio no início.
Já quem nunca treinou, diz Andre, deve começar com acompanhamento profissional. "Nessa fase, é importante que seja uma atividade prazerosa. Tem gente que começa super empolgada, treina sete dias seguidos e depois para. O essencial é a constância e a prudência."
Conexão VivaBem
Semanalmente, Flávia Alessandra comanda um papo sobre saúde, bem-estar e qualidade de vida com convidados especiais. Novos episódios ficam disponíveis toda terça no Youtube de VivaBem e no Canal UOL — na TV, o programa é exibido às 21h30. Assista ao episódio completo com Pocah no topo da página.
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