Isabel Fillardis sobre doença rara: 'Tenho cuidado minucioso com a pele'

Antes de testar um esmalte ou um novo produto de maquiagem, a atriz e cantora Isabel Fillardis, 51, costuma pedir a opinião de um dermatologista. Quando o assunto é procedimento estético, ela prefere as opções minimamente invasivas e técnicas que realçam a beleza de forma sutil.

As escolhas têm a ver com sua visão sobre autoestima e o medo de agulha, mas também envolvem um fator biológico que, por muito tempo, foi "barra pesada", descreve ela, no primeiro episódio da nova temporada do "Conexão VivaBem", apresentado por Flávia Alessandra no Canal UOL.

Há cerca de dez anos, Isabel foi diagnosticada com uma doença dermatológica rara, chamada líquen plano pigmentoso, que causa lesões hiperpigmentadas na pele, geralmente de cor marrom ou cinza-marrom. O diagnóstico, em seu caso, levou cerca de três anos.

"Demorei pra descobrir porque, na época, [ter essa doença] no rosto era muito raro. Conheci a Dra Kathleen através da mãe da Tais Araújo, cheguei lá bem deprimida, e ela falou 'não sei o que você tem, mas a gente vai descobrir'", relembra a atriz.

Depois de uma "biópsia dolorida", já que sua pele estava inflamada, amostras da pele de Isabel foram encaminhadas para a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), segundo ela. "Lá, descobriram que já tinham dois casos da doença, o que me ajudou no meu diagnóstico".

Ao longo do tratamento, a atriz disse que também descobriu que a condição é autoimune e tem um componente emocional envolvido: "É um tratamento que também me levou a cuidar da minha cabeça, pra entender qual foi o gatilho que abriu a caixa de pandora. Fui puxando o fio pra chegar na mulher que está aqui hoje".

Atualmente, ela afirma que a doença está controlada, mas os cuidados com a pele continuam.

Sou muito alérgica, o aparecimento do líquen me trouxe várias outras questões. (...) Foi uma jornada difícil, continua sendo um cuidado minucioso que tenho com minha pele. Não cheguei à minha pele como era, ainda tenho algumas manchas. É um tratamento contínuo e, no início, é barra pesada: o laser dói até com anestésico. Isabel Fillardis

Menos harmonização, mais beleza

Isabel conta que, apesar de nunca ter sido fã de agulhas, as transformações de sua pele depois dos 40 fizeram com que ela decidisse fazer alguns procedimentos estéticos.

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"O tempo foi passando e eu pensei 'cara, eu acho que preciso dar uma caprichada'. Caprichar é a palavra. Por quê? O nosso metabolismo vai ficando mais lento, eu engravidei aos 40, e, aos 45, comecei menopausa precoce, aí fui tendo uma certa vontade/necessidade de dar uma caprichada e ajudar o meu corpo a ficar de um jeito que eu olhe e goste", diz ela.

Procedimentos invasivos, porém, não estão na lista de desejos da atriz. E essa postura é uma tendência no mercado da beleza, segundo a dermatologista Carolina Portela, que também participou do programa.

"As pessoas começaram a exagerar na harmonização facial, então chegou um ponto em que elas mesmas disseram: 'chega, tá feio assim', então muita gente [que fez harmonização] está voltando atrás", afirma a médica.

De acordo com Portela, com a crescente demanda por uma estética mais natural, mulheres de diferentes idades têm optado por procedimentos que realçam a beleza sem apagar a autenticidade de cada rosto. "A busca principal é por equilibrar autoestima e saúde sem recorrer a coisas tão invasivas", diz ela.

Conexão VivaBem

Semanalmente, Flávia Alessandra comanda um papo sobre saúde, bem-estar e qualidade de vida com convidados especiais. Novos episódios ficam disponíveis toda terça no Youtube de VivaBem e no Canal UOL — na TV, o programa é exibido às 21h30. Assista ao episódio completo com Isabel Fillardis:

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