Pará confirma 19 casos de mpox após morte de cantor; como se proteger?
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O cantor paraense Augusto Demétrio Neto, conhecido como Gutto Xibatada, morreu no dia 22 de abril por complicações causadas pela mpox. A Secretaria de Saúde do Pará confirmou, por e-mail, que até ontem houve 19 casos confirmados da doença, distribuídos entre em Belém (14), Ananindeua (3), Marituba (1) e um caso importado de outro estado.
No mesmo período, foram registradas duas mortes — ambos os pacientes tinham comorbidades que aumentam o risco de agravamento da infecção.
Como se proteger?
O período de incubação do vírus é de duas semanas, tempo em que a pessoa pode transmiti-lo sem perceber que está infectada. Para diminuir o risco de infecção ou evitar a transmissão:
Fique atento aos sintomas e busque atendimento médico;
Evite contato próximo com pessoas infectadas ou com suspeita de infecção: nada de toque, beijo ou sexo;
Limite o número de parceiros sexuais;
Faça uma pausa na atividade sexual com novos parceiros durante períodos de transmissão aumentada;
Evite compartilhamento de objetos, incluindo roupas de cama e toalhas;
Use máscaras;
Cubra braços e pernas em aglomerações;
Higienize as mãos.
Lembre-se de não estigmatizar a doença: qualquer pessoa pode contrair o vírus.

O que é mpox e quais os sintomas
Mpox é uma zoonose viral. A doença é causada por um vírus da mesma família da varíola humana, transmitido de animais para pessoas e também entre humanos por contato direto com lesões, secreções ou objetos contaminados.
Os sintomas lembram uma gripe no início. Febre, dor de cabeça, cansaço, dores no corpo e ínguas são comuns. De um a cinco dias depois, surgem as lesões na pele, que passam por estágios como bolhas, pústulas e crostas.
Alguns quadros recentes têm apresentado sintomas atípicos. Casos com edema peniano e dor intensa na região anal têm sido registrados.
Tem tratamento?

Na maioria dos casos, a doença é autolimitada. Com repouso, hidratação e medicamentos para controlar sintomas, muitos pacientes se recuperam sem complicações.
Vacina contra mpox já foi aprovada no Brasil. A Anvisa liberou o imunizante Imvanex (ou Jynneos), mas ele está restrito a grupos de risco, como pessoas vivendo com HIV/Aids e profissionais expostos ao vírus.
Casos graves podem precisar de antivirais. Medicamentos como o tecovirimat e o cidofovir são indicados para pessoas com risco elevado, mas não estão amplamente disponíveis.
Complicações podem ocorrer. Entre elas, infecções bacterianas na pele, sepse, encefalite (inflamação cerebral) e até a morte, principalmente em pessoas imunossuprimidas.
Crianças, gestantes e imunossuprimidos exigem mais atenção. Esses grupos são considerados mais vulneráveis e podem ter quadros mais graves.
Tipo mais agressivo foi confirmado em SP em março

Primeiro caso da cepa clado 1b foi registrado em São Paulo. A confirmação ocorreu em março de 2025, após uma mulher de 29 anos ter contato com alguém vindo da República Democrática do Congo.
Nova cepa é mais grave do que a anterior. O clado 1b causa infecções mais severas que o clado 2b, com maior risco de morte — especialmente em pessoas com imunidade comprometida.
Taxa de mortalidade pode chegar a 10%. Essa cepa provoca lesões espalhadas pelo corpo, inclusive no rosto, e afeta mais gravemente crianças.
Clado 2b, dominante no surto global de 2022, é menos agressivo. Causa feridas limitadas, principalmente na região genital e ao redor da boca. A taxa de mortalidade varia de 1% a 4%.
Transmissão varia entre os tipos. O clado 1b pode ser transmitido por contato com animais, objetos contaminados ou pessoas infectadas. O clado 2b se espalha principalmente por contato sexual.
Vírus sofre mutações com facilidade. A estrutura do DNA do mpox facilita adaptações e novas variantes, aumentando a transmissibilidade e dificultando o controle.
Sintomas comuns incluem febre, lesões e cansaço. Outros sinais são dor de garganta, dores musculares e gânglios inchados. Diagnóstico é feito por teste PCR.
*Com informações de matérias publicadas em 25/04/2025, 12/03/2025 e 14/08/2024.
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