Está comendo pouca proteína? Seu corpo pode dar esses 6 sinais de alerta
Colaboração para VivaBem*
25/04/2025 11h51
As proteínas são verdadeiras operárias do organismo: ajudam a construir músculos, produzir hormônios e até manter o sistema imunológico vigoroso. Elas estão por trás de quase tudo, da contração de um músculo ao crescimento de uma criança. Sem elas, nada funciona direito.
E não pense que a deficiência desse nutriente é exclusividade de quem não come carne. Mesmo quem inclui proteína animal no prato pode estar em risco se a dieta for desregulada, pobre em qualidade e diversidade alimentar.
O corpo dá sinais quando está em apuros, e cabe ao médico captar essas pistas. Endocrinologistas, nutrólogos e nutricionistas conseguem levantar suspeitas com base nos sintomas que o paciente apresenta ou relata. Mas, se a dúvida persiste, um exame de sangue entra em cena para medir os níveis de proteínas totais e suas frações.
O que acontece quando esses níveis caem? Spoiler: não é nada bom. A seguir, veja os sintomas mais comuns de quem está em déficit proteico.
1. Músculos murchando
Essa é a face mais visível da escassez de proteínas. Como os músculos são formados em boa parte por colágeno, uma proteína abundante no corpo, a sua falta faz com que o organismo comece a retirar reservas musculares para abastecer os órgãos vitais. O resultado? Um processo de "esvaziamento muscular" que pode ser gradual, mas impactante. Entre os idosos, isso é ainda mais evidente por causa da sarcopenia, um fenômeno natural que reduz a massa muscular a partir dos 30 anos — e se intensifica década após década.
2. Corpo e mente no modo "desligado"
Cansaço crônico, dificuldade de concentração e desânimo constante podem ter como origem a falta de hemoglobina em níveis adequados. Essa proteína, presente nos glóbulos vermelhos, é quem transporta oxigênio para o corpo inteiro. Quando está em baixa, o combustível que energiza o cérebro e os músculos simplesmente não chega. Resultado? Pensar cansa, e uma simples caminhada vira missão impossível.
3. Cabelos no ralo e unhas quebradiças
Se o espelho anda mostrando fios ralos e suas unhas lascam com facilidade, a explicação pode estar na deficiência de queratina, proteína essencial para manter essas estruturas fortes. E mais: em tempos de crise proteica, o organismo adota uma lógica de sobrevivência — redireciona nutrientes para o que é fundamental e deixa cabelo e unhas para depois.
4. Pele sem brilho e sem firmeza
Outra que sai perdendo é a pele. Para manter o viço e a elasticidade, ela depende de colágeno e elastina. Mas, quando a ingestão de proteínas está em baixa, o corpo prioriza funções internas e deixa esse órgão de lado. O resultado? Uma pele opaca, espessa e sem vida.
5. Feridas que demoram a curar
Se pequenos cortes parecem nunca cicatrizar, fique de olho: pode ser sinal de que as proteínas envolvidas na coagulação, como trombina e fibrinogênio, estão em níveis insuficientes. Essas moléculas são as encarregadas de estancar sangramentos e promover o fechamento de feridas.
6. Inchaço sem explicação
É mais raro e grave, mas pode acontecer. Quando a deficiência de proteínas é severa, os níveis de albumina, outra proteína fundamental, despencam. A albumina é responsável por equilibrar os fluidos no corpo, ajudando a mantê-los dentro dos vasos sanguíneos. Se ela some, os líquidos escapam e se acumulam nos tecidos, causando inchaço pelo organismo inteiro.
Moral da história? Não subestime o poder das proteínas. Elas não estão lá só para ganhar músculos na academia; você precisa delas para manter todo o sistema funcionando, da ponta do cabelo à sola dos pés.
*Com informações de reportagem publicada em 22/11/2018