Trombose no braço matou miss aos 35: quais os sinais e o que causa?

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A modelo e ex-primeira-dama de Cariacica (ES), Nabila Furtado, morreu na terça-feira, aos 35 anos. Ela estava internada desde fevereiro devido a um quadro de trombose que atingiu ombro e braço esquerdos.
O que é trombose?
Trombose é a formação de coágulos de sangue (trombos) em vasos sanguíneos. O quadro é mais comum nas pernas ou na pelve, mas também pode se desenvolver nos braços. Ele pode se formar em veias ou artérias, limitando o fluxo normal do sangue, o que causa dor e inchaço da região.
A trombose pode ser aguda ou crônica. No primeiro caso, o problema se resolve naturalmente na maioria das vezes, com o próprio corpo usando mecanismos para dissolver os coágulos. Já na condição crônica, o processo natural de dissolução do coágulo deixa sequelas dentro das veias que prejudicam o retorno do sangue ao coração. Pode causar inchaço, varizes, escurecimento e endurecimento da pele.
O que causa trombose?
Há diversas causas e fatores de risco para a trombose. Alguns motivos são lesão no revestimento da veia, maior tendência à formação de coágulos, redução do fluxo de sangue, tabagismo, presença de varizes, idade avançada, câncer e obesidade.
Condição pode ser perigosa. Se não identificada nem tratada corretamente, a trombose pode evoluir para embolia (que é quando o coágulo se solta e vai para os pulmões ou cérebro, por exemplo) e até levar à morte.
Nabila Furtado teve embolia pulmonar. Juninho Geraldo, marido da modelo e ex-prefeito de Cariacica, disse que a mulher morreu de embolia pulmonar causada por trombose, decorrente de um câncer de mama diagnosticado em 2020.
Quais são os sinais de trombose?
Sintomas da trombose variam de acordo com a região do corpo em que acontece. As características incluem: edema (inchaço); dor; rubor da pele (ela fica mais escura, arroxeada); sensibilidade ao toque.
Embolismo pulmonar também tem sinais. Os sintomas são: dificuldade para respirar; palpitações; dor no peito ou desconforto que aumenta ao tossir ou respirar; pressão baixa; cansaço; dor nas costas.
Tratamento inclui anticoagulantes
O objetivo é impedir a formação e o aumento do trombo e evitar que ele chegue até o pulmão. A principal estratégia terapêutica é o uso de medicamentos anticoagulantes por prazo determinado pelo médico, a depender do risco de cada paciente. Esse tempo pode ser de três até 24 meses.
Em caso de gravidez, o tratamento é também medicamentoso. Deve durar por toda a gestação e até seis semanas após o nascimento do bebê —ou mesmo por mais tempo, conforme o quadro.
Cirurgia pode ser opção em alguns casos. Na maioria das vezes, o manejo é clínico, com medicamentos anticoagulantes, mas quando há embolia pulmonar, pode ser indicado o uso de trombolítico (substância para dissolver o coágulo) ou cirurgia para remoção do trombo.
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