Anvisa aprova 1º remédio para tratar Alzheimer inicial que retarda declínio

Anvisa aprova o medicamento donanemabe, nome comercial Kisunla, para tratamento da doença de Alzheimer no Brasil. O remédio, desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, é o primeiro tratamento modificador da doença aprovado no país.

O que aconteceu

Aprovação pela Anvisa. O donanemabe foi aprovado para tratar adultos com Alzheimer sintomático inicial, incluindo comprometimento cognitivo leve e demência leve.

Resultados dos estudos clínicos. Pacientes com doença menos avançada apresentaram 35% de redução no declínio clínico, enquanto a população geral teve uma redução de 22%, ambos comparados ao placebo.

Redução de risco. Participantes tratados com donanemabe tiveram um risco até 39% menor de progressão para o próximo estágio clínico da doença.

Remoção de placas amiloides. O medicamento promoveu a remoção das placas amiloides em 76% dos pacientes após 18 meses. Placas amiloides são depósitos extracelulares de proteínas beta-amiloides que se formam no cérebro. Essas placas, compostas por fragmentos de proteínas beta-amiloides, podem se acumular entre os neurônios, interferindo na comunicação entre eles e causando inflamação.

Administração do medicamento. Donanemabe é injetável e administrado mensalmente, com possibilidade de interrupção do tratamento após a remoção das placas.

Impacto da doença de Alzheimer

Prevalência e custos. A doença representa até 70% dos casos de demência e custa US$ 1,3 trilhão globalmente, afetando cerca de 55 milhões de pessoas.

Desafios para cuidadores. A carga emocional e financeira recai principalmente sobre as famílias, com cuidadores frequentemente enfrentando impactos em sua saúde e bem-estar.

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Necessidade de conscientização. Além do tratamento farmacológico, é necessário combater o estigma e disseminar informações confiáveis sobre a doença.

Mecanismo de ação. O medicamento visa remover placas amiloides que se acumulam no cérebro, retardando a progressão da doença. Estudos clínicos demonstraram eficácia na redução do declínio cognitivo em estágios iniciais da doença. Efeitos colaterais potenciais incluem reações alérgicas graves durante ou após a infusão.

A aprovação do Kisunla representa um avanço significativo na abordagem do tratamento da doença de Alzheimer no Brasil, oferecendo esperança para pacientes e suas famílias.

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