É melhor tomar banho de manhã ou de noite? Faz mal tomar muitos?

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Pensando em saúde, será que existe um horário melhor para tomar um banho?
Segundo especialistas ouvidos pelo VivaBem, a resposta é não: tanto faz você se lavar de manhã ou à noite, e não há uma recomendação médica do melhor momento para isso. O horário ideal depende da sua preferência, necessidade e rotina.
O mais importante é a chuveirada ter qualidade. Isso é, lavar bem todas as partes do corpo com sabonete neutro e água morna, pois se ela estiver muito quente pode a ressecar a pele, aumentando o risco de coceiras, irritação e alergias.
Quantos banhos por dia?
Sobre a quantidade de banhos por dia, também não existe um número ideal. Porém, se você é do time de gosta de tomar muitas chuveiradas, saiba que isso também pode a ressecar a pele.
Nossa pele é recoberta por um manto lipídico. Essa gordurinha funciona como uma barreira que nos protege de forma bem natural. Mas, a proteção não é eterna e pode ser prejudicada pelo excesso de banho e pelo uso de produtos de má qualidade.
A capa de lipídios tem um pH ligeiramente ácido, em torno de 5,5. Esse é o número chave que impede a passagem de bactérias, vírus e ácaros. Por isso é tão importante usar produtos que não alterem sua acidez.
O excesso de banho pode levar à xerose cutânea, que nada mais é do que a pele excessivamente seca. Essa condição facilita doenças como a dermatite atópica e infecções como a pitiríase ou alergias.
Já ficar um longo período sem banho, especialmente em épocas quentes, favorece a proliferação de bactérias em regiões úmidas e abafadas, como axilas, virilhas e pés, gerando um odor desagradável.
Agora, se o "cheirinho" estiver ok e você não fizer questão de tomar banho antes de dormir, tudo bem se jogar na cama. Só tenha o cuidado de lavar bem as mãos e o rosto ao chegar em casa (isso vale sempre, até para quem tomar banho à noite) e antes de se deitar. Essa simples atitude já reduz o risco de infecções e doenças como diarreia, conjuntivite, gripe...
Fontes: Mariana Quevedo, dermatologista; Max Lopes, infectologista
*Com reportagem de dezembro de 2018.
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