Como ser mais atraente? Não ter esse diferencial afasta pretendentes

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Em época de virtualização das relações, quanto mais somos percebidos como verdadeiros, mais as pessoas tendem a se aproximar de nós. As redes sociais e propagandas vendem vidas perfeitas e padrões impossíveis de alcançar, por isso, quando nos enxergam como autênticos, chamamos a atenção. A pessoa autêntica transmite uma liberdade que também atrai.
É importante lembrar, no entanto, que a autenticidade humana sempre deve tender ao bem-estar pessoal e do outro. Não adianta querer sair por aí magoando a todos em nome da autenticidade.
Como ser mais autêntico e atraente?
Ser autêntico exige um encontro trágico consigo mesmo. Isso porque um sentimento de autenticidade requisita igualmente um reconhecimento de nossos defeitos, falhas, limitações e fracassos. Isso não quer dizer que precisamos ter sempre a mesma opinião ou o mesmo estilo, não é necessário ser idêntico a si mesmo para ser autêntico.
Embora possa parecer contraditório, não é preciso ser egocêntrico ou espalhafatoso para ter o sentimento de autenticidade. O reconhecimento da autenticidade se dá pela maneira como os atos fazem transparecer a harmonia com as intenções e valores pessoais.
Pessoas tímidas podem ser muito autênticas, mesmo que em silêncio, da mesma forma como gritos podem ser meras repetições de pensamentos alheios. É assim que o poeta Mário Quintana pedia que o amor não fosse gritado de cima dos telhados, mas vivido em sua brevidade e na autenticidade de um saber querer ao outro (e nem por isso, menos verdadeiro). Em outras palavras: seja sincero e congruente consigo mesmo, aceitando a si mesmo e buscando sempre o crescimento.
Envolve valores, opiniões, sentimentos

Ser autêntico significa ser fiel a si mesmo, ou seja, não esconder quem você realmente é, especialmente quando precisa tomar decisões ou se posicionar sobre algo. Isso envolve não se afastar de seus próprios valores, opiniões e sentimentos, mesmo quando as situações exigem que você se manifeste.
A autenticidade se torna um ato político, porque envolve estar presente e se envolver nas decisões que dizem respeito a você, sem se esconder ou se omitir. Isso está relacionado a como nos comportamos no dia a dia — desde a maneira como nos vestimos e falamos até como nos relacionamos com os outros e exigimos ser reconhecidos. Tudo isso reflete quem somos e nos coloca em questionamento, mostrando nossos desejos e identidade. Nesse sentido, a autenticidade é uma forma de se afirmar e de agir de maneira verdadeira, sem se deixar influenciar por pressões externas.
Ganhos a você e aos outros
Ser autêntico nos permite uma vida mais leve e com mais saúde, o que não significa dizer que devemos ser inconsequentes ou não tentar mudar algum aspecto nosso que seja indesejável ou incômodo. Significa que devemos nos aceitar a ponto de sabermos quem somos e, dessa forma, mudarmos a nós mesmos de uma forma congruente. Viver sem máscaras é um presente ao mundo e a nós mesmos.
Além disso, a autenticidade nos permite não ser tão facilmente manipulados por interesses que nos sejam contrários. Também possibilita uma capacidade maior de elaborar planos e metas para um futuro que resulte em bem-estar e respostas mais eficazes frente a sentimentos de culpa e ansiedade em contextos sociais, e mais facilidade em dialogar e respeitar diversidades. Isso permite um convívio mais harmônico com pessoas e discursos diferentes do seu, já que estar seguro em relação a sua forma de ser é também um modo de não ter de sentir-se invadido ou ameaçado por algo que não lhe seja idêntico.
*Com informações de reportagem publicada em 13/02/2020
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