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Diabetes, Aids, anemia: 6 doenças que afetam a boca e você nem imagina

Imagem: iStock

Colaboração para VivaBem*

20/03/2025 18h59

Embora poucos façam essa relação, a cavidade bucal pode ser um grande indicador de como vai sua saúde, pois doenças dos mais diversos tipos manifestam sinais na boca.

A seguir, mostramos algumas das condições que podem ser identificadas em uma análise odontológica e que, obviamente, depois exigirão outros exames ou avaliação de um médico especialista para confirmar o diagnóstico.

1. Diabetes

Independentemente de ser do tipo 1 ou 2, se o nível de insulina e a glicemia (açúcar no sangue) estiverem descompensados, a pessoa pode apresentar hálito cetônico (mais forte), boca seca (xerostomia), aumento de cárie e doença periodental agressiva. Essas condições de saúde bucal são a porta de entrada para infecções, que também se relacionam à falta de controle glicêmico e vice-versa.

O que o dentista pode fazer: Esses pacientes necessitam de monitoramento constante do profissional, que pode ajudar no controle da doença incrementando a higiene bucal para prevenção de cáries e doença periodontal, e também eliminando, caso já existam, focos infecciosos de origem dentária que contribuem para o aumento da glicemia.

2. Refluxo gastroesofágico

O retorno do conteúdo gástrico para a boca altera o pH da cavidade oral, aumentando a ocorrência de aftas e cáries, erosões químicas nos dentes —o esmalte deles fica mais poroso—, boca seca, mau hálito, entre outros.

O que o dentista pode fazer: Executar o tratamento odontológico de rotina, orientar a higiene bucal, incluindo a escovação da língua, indicar o uso de medicamentos tópicos e aconselhar o paciente a procurar um especialista para que ele adote medidas de controle do refluxo.

3. Anemia

Imagem: Shutterstock

A enfermidade caracteriza-se pela redução do número de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina, proteína dos glóbulos vermelhos que transposta o oxigênio. Embora a anemia mais comum seja decorrente da falta de ferro, especialmente entre crianças, existem outros tipos, relacionados à carência de vitamina de B12, ácido fólico, entre outras.

Independentemente da sua forma, os sinais que o dentista observa são a palidez da mucosa, redução do tamanho ou desaparecimento completo das papilas da língua, que deixam a superfície lisa. Além disso, o tecido que reveste a mucosa fica muito fino, o que pode aumentar a sensibilidade. Por vezes, o canto da boca apresenta rachaduras.

O que o dentista pode fazer: Todos esses indícios apontam para a necessidade de solicitar hemograma para confirmar o diagnóstico e encaminhar o paciente ao médico.

4. Transtornos alimentares

Quadros marcados pela compulsão de comer, uso abusivo de laxantes e pela indução de vômitos levam a problemas bucais como erosão dentária, lábios ressecados, hipersensibilidade, fluxo salivar ou boca seca (decorrente do uso de medicamentos para controle do peso ou dieta inadequada), aumento de cáries e mau hálito.

O que o dentista pode fazer: Tratamento odontológico de rotina, orientações de higiene e melhora dos hábitos alimentares, além da necessária abordagem do problema e o devido encaminhando do paciente para uma terapia que lhe garanta o bem-estar físico e mental.

5. HIV/Aids

Uma das primeiras manifestações do paciente infectado por HIV pode acontecer na cavidade oral. Trata-se da candidíase pseudomembranosa aguda, caracterizada por placas esbranquiçadas no interior da boca, parecidas com leite coalhado. Essas placas se destacam com facilidade, permanecendo um fundo avermelhado e sanguinolento (o quadro ocorre em todos os casos de imunossupressão).

O que o dentista pode fazer: Após ouvir o histórico do paciente, ele deve pedir exame laboratorial para detecção do vírus e encaminhar o paciente para o médico competente.

6. Sífilis

Essa IST (Infecção Sexualmente Transmissível) tem como causa uma bactéria, a Treponema pallidum. A manifestação se dá em três estágios: sífilis primária, secundária e terciária. O sintoma bucal mais comum no primeiro estágio é o aparecimento de uma ferida (cancro duro) indolor, que desaparece espontaneamente em três ou quatro semanas. Já no segundo estágio, podem ser identificadas várias lesões chamadas de placas mucosas; no último, é observada a goma sifilítica, ou seja, perfurações e destruição do tecido bucal.

O que o dentista pode fazer: O tratamento da sífilis é feito por meio de antibiótico, e quanto mais cedo for detectada, maiores as chances de sucesso. O dentista poderá solicitar exames para confirmar o diagnóstico e encaminhar o paciente para o médico infectologista.

*Com informações de reportagem publicada em 12/09/2019

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