Câncer na vulva: sintomas nessa região genital feminina geram confusão

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A vulva é a parte externa do sistema reprodutor feminino, composta por várias estruturas, como os lábios maiores e menores, o clítoris, a abertura vaginal e o meato urinário (abertura pela qual a urina é eliminada).
Um tumor nessa região é perigoso e, por sorte, raro. Ele pode ser causado pelo HPV (papilomavírus humano), mas também está relacionado a uma alteração da mucosa conhecida como líquen escleroso, que causa bastante prurido. É outra condição que costuma acontecer em mulheres mais velhas e elas geralmente têm vergonha de dizer que vivem sentindo coceira —que nada tem a ver com falta de higiene.
O certo seria pegar um espelhinho e examinar a região. Manchas mais claras, escuras ou avermelhadas disparam o alerta. Assim como uma ferida que não se fecha sozinha depois de alguns dias.
Sintomas do câncer de vulva

Os sintomas do câncer de vulva são frequentemente silenciosos ou sutis. No início, a doença pode se manifestar com sinais leves e não específicos. Muitos dos primeiros deles, como coceira, dor ou pequenas alterações na pele da vulva, podem ser confundidos com condições mais comuns, como infecções ou irritações.
A falta de sintomas óbvios no início é uma das razões pelas quais o câncer de vulva é frequentemente diagnosticado tardiamente.
Portanto, fique atenta a:
Coceira persistente: muitas mulheres podem sentir coceira na região da vulva, que não desaparece com cremes ou tratamentos comuns;
Alterações na pele: mudanças na cor ou na textura da pele da vulva, como manchas brancas, vermelhas ou escuras, ou a formação de feridas, nódulos ou lesões;
Dor ou queimação: sensação de dor ou queimação na região genital, especialmente ao urinar ou durante o sexo;
Sangramento ou secreção anormal: sangramentos fora do período menstrual ou secreção com mau cheiro;
Inchaço: na área genital, que pode ser acompanhado de nódulos ou massas.
Esses sintomas podem ser causados por várias condições, mas se persistirem ou piorarem, é importante procurar um médico para avaliação e diagnóstico adequado. O câncer de vulva é mais comum em mulheres mais velhas, mas pode afetar qualquer uma.
Como é feito diagnóstico e tratamento
O diagnóstico do câncer de vulva começa com um exame clínico, onde o médico verifica alterações visíveis na região genital, como lesões ou nódulos. O profissional deve aproveitar para examinar toda a genitália feminina, que está ali diante dele, exposta. Se você notar que ele só colheu a amostra para o exame do útero, antes de sair da posição ginecológica pergunte como está a sua saúde no "lado de fora".
Caso haja suspeita, é realizada uma biópsia, na qual uma amostra do tecido da lesão é analisada em laboratório para detectar células cancerígenas. Exames adicionais incluem colposcopia ou imagens (ultrassom, tomografia, ressonância).
O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia para remover o tumor, que pode ser parcial ou total, dependendo da gravidade. Em alguns casos, a radioterapia é usada após a cirurgia para eliminar células cancerígenas remanescentes, ou a quimioterapia pode ser indicada se o câncer estiver em estágio avançado. Em tratamentos mais recentes, a imunoterapia também pode ser uma opção no combate ao câncer.
*Com informações de coluna de VivaBem de 30/09/2021
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