Câncer na vulva: sintomas nessa região genital feminina geram confusão

A vulva é a parte externa do sistema reprodutor feminino, composta por várias estruturas, como os lábios maiores e menores, o clítoris, a abertura vaginal e o meato urinário (abertura pela qual a urina é eliminada).

Um tumor nessa região é perigoso e, por sorte, raro. Ele pode ser causado pelo HPV (papilomavírus humano), mas também está relacionado a uma alteração da mucosa conhecida como líquen escleroso, que causa bastante prurido. É outra condição que costuma acontecer em mulheres mais velhas e elas geralmente têm vergonha de dizer que vivem sentindo coceira —que nada tem a ver com falta de higiene.

O certo seria pegar um espelhinho e examinar a região. Manchas mais claras, escuras ou avermelhadas disparam o alerta. Assim como uma ferida que não se fecha sozinha depois de alguns dias.

Sintomas do câncer de vulva

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Imagem: iStock

Os sintomas do câncer de vulva são frequentemente silenciosos ou sutis. No início, a doença pode se manifestar com sinais leves e não específicos. Muitos dos primeiros deles, como coceira, dor ou pequenas alterações na pele da vulva, podem ser confundidos com condições mais comuns, como infecções ou irritações.

A falta de sintomas óbvios no início é uma das razões pelas quais o câncer de vulva é frequentemente diagnosticado tardiamente.

Portanto, fique atenta a:

Coceira persistente: muitas mulheres podem sentir coceira na região da vulva, que não desaparece com cremes ou tratamentos comuns;

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Alterações na pele: mudanças na cor ou na textura da pele da vulva, como manchas brancas, vermelhas ou escuras, ou a formação de feridas, nódulos ou lesões;

Dor ou queimação: sensação de dor ou queimação na região genital, especialmente ao urinar ou durante o sexo;

Sangramento ou secreção anormal: sangramentos fora do período menstrual ou secreção com mau cheiro;

Inchaço: na área genital, que pode ser acompanhado de nódulos ou massas.

Esses sintomas podem ser causados por várias condições, mas se persistirem ou piorarem, é importante procurar um médico para avaliação e diagnóstico adequado. O câncer de vulva é mais comum em mulheres mais velhas, mas pode afetar qualquer uma.

Como é feito diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do câncer de vulva começa com um exame clínico, onde o médico verifica alterações visíveis na região genital, como lesões ou nódulos. O profissional deve aproveitar para examinar toda a genitália feminina, que está ali diante dele, exposta. Se você notar que ele só colheu a amostra para o exame do útero, antes de sair da posição ginecológica pergunte como está a sua saúde no "lado de fora".

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Caso haja suspeita, é realizada uma biópsia, na qual uma amostra do tecido da lesão é analisada em laboratório para detectar células cancerígenas. Exames adicionais incluem colposcopia ou imagens (ultrassom, tomografia, ressonância).

O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia para remover o tumor, que pode ser parcial ou total, dependendo da gravidade. Em alguns casos, a radioterapia é usada após a cirurgia para eliminar células cancerígenas remanescentes, ou a quimioterapia pode ser indicada se o câncer estiver em estágio avançado. Em tratamentos mais recentes, a imunoterapia também pode ser uma opção no combate ao câncer.

*Com informações de coluna de VivaBem de 30/09/2021

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