5 hábitos de crianças superdotadas que as diferenciam das demais

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Crianças superdotadas têm capacidades muito acima do comum para sua idade. Elas aprendem sozinhas, de maneira mais rápida e com menos explicações. E não apresentam apenas habilidade acadêmica, mas também nas atividades que envolvem criatividade, nas artes e nos esportes.
Quanto aos hábitos, elas costumam:
1. Sonhar acordado: o que traz benefícios, como redução do estresse e melhora da memória e produtividade. Esse comportamento é importante para o cérebro, permitindo que ele "reinicie". Em crianças superdotadas, o momento de pausa é fundamental devido à sobrecarga de estímulos.
2. Focar inteiramente em uma tarefa: o hiperfoco é descrito como uma atenção intensa a atividades não rotineiras, a ponto de reduzir a percepção do ambiente. Isso pode fazer com que a criança não perceba quando é chamada. Ela ainda aprende sozinha e resiste à repetição e atividades rotineiras.
3. Questionar sobre tudo e a toda hora: entre 2 e 4 anos, todas as crianças passam pela "fase do porquê", questionando tudo. Em crianças com altas habilidades, essa curiosidade é ainda mais intensa, buscando entender desde fenômenos naturais até questões existenciais. Elas não se contentam com respostas simples e querem saber o que há por trás das coisas. Estão sempre bem informadas e expressam ideias e reações com vasto vocabulário.
4. Desmontar coisas: crianças com altas habilidades frequentemente desmontam objetos para entender como funcionam, como controles remotos ou brinquedos. Embora isso possa ser incômodo para os pais, pois nem sempre é possível remontar, essa curiosidade é um sinal de inteligência e habilidades avançadas.
5. Manter-se acordadas até tarde: a hora de dormir pode ser difícil para crianças com mentes muito ativas, que têm dificuldade em "desligar" o cérebro. Um estudo da Universidade de Michigan (EUA) mostra que um em cada quatro pais relata que seus filhos resistem ao sono devido a preocupações ou ansiedade, o que pode estar relacionado a um maior desenvolvimento cognitivo. No entanto, é crucial que todas as crianças, inclusive as superdotadas, tenham uma boa noite de sono.
Como saber se seu filho é uma criança com altas habilidades?
Especialistas apontam que o primeiro passo é observar se ele aprende as coisas sozinho, e se o desenvolvimento está acima da média das outras crianças.
Depois dessa verificação, é importante conversar com os professores e também com os pediatras para colher a opinião de profissionais.
A partir dessa troca de informações, o passo seguinte é procurar um neuropsicólogo, responsável pela avaliação para superdotação.
Especialistas recomendam que os superdotados sejam diagnosticados ainda na primeira infância.
O teste SonR (não verbal) pode ser aplicado aos 2 anos e 6 meses. O Wisc, mais completo, é indicado acima de 6 anos.
Diagnóstico é importante para a saúde mental

Para evitar problemas de inadequação na escola, o diagnóstico é importante. Em geral, essas crianças precisam de estímulos constantes, pois têm grande necessidade de aprender. Depois de fazer a lição em 5 minutos —enquanto todos precisam de meia hora—, ele precisa de novas tarefas para avançar. Se isso não acontece, pode se sentir frustrado, ansioso ou apresentar dificuldade de socialização.
No Brasil, não existe um mapeamento oficial de casos. A identificação depende da parceria entre a escola e os pais. E os especialistas alertam: a superdotação é uma condição neuroatípica genética, ou seja, um funcionamento diferente do cérebro.
Mas superdotação não é doença. O aluno é direcionado para a educação especial para desenvolver suas potencialidades com direitos previstos na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases, a LDB.
*Com informações de reportagem publicada em 15/08/2022
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