Esquecimento não necessariamente é Alzheimer; quando ficar atento?

Esquecer das coisas, todo mundo esquece, independentemente da idade. É normal esquecer o fone de ouvido no trabalho ou não se lembrar de comprar azeite no supermercado. A memória falha se torna um problema quando começa a interferir no dia a dia e a prejudicar tarefas que antes eram realizadas sem dificuldades.

O esquecimento anormal leva a problemas no trabalho, já que o indivíduo não se lembra de reuniões e datas de entrega. Em casa, as dificuldades não são poucas, uma vez que deixar o forno ou uma boca do fogão acesos pode ser frequente —e perigoso.

Se a memória falha for repetitiva e mudar sua rotina, é essencial se consultar com um médico. As causas podem ser diversas, indo desde dificuldade de sono ou um problema hormonal até depressão ou doenças neurológicas, como o Alzheimer.

Na maioria dos casos, o quadro pode ser revertido com reposições hormonais e medicamentos, mas o ideal é investir na prevenção, ou melhor, deixar o cérebro ativo.

Não existe uma fonte da juventude, mas algumas práticas podem ajudar:

Faça atividade aeróbica (140 a 150 minutos por semana, elevando sua frequência cardíaca);

Mantenha o cérebro desafiado e em atividade, fazendo crochê, cerâmica, aprendendo uma nova língua, indo ao cinema, lendo um livro etc.;

Invista em uma dieta rica em peixes, azeite, amêndoas, grãos integrais, nozes, tomate e espinafre;

Controle fatores de risco para doenças cardiovasculares;

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Mantenha relacionamentos sociais e familiares, já que ficar isolado diminui a capacidade cognitiva.

Sintomas iniciais comuns de Alzheimer

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Imagem: FG Trade/iStock

A idade é o principal fator de risco para o Alzheimer e seus sintomas clássicos começam a aparecer após os 65 anos, mas pessoas com histórico familiar costumam apresentar indícios da doença bem antes.

Entre os sintomas iniciais comuns a se observar estão:

Problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho;

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Dificuldade para realizar tarefas habituais;

Dificuldade para se comunicar (as palavras às vezes "fogem");

Desorientação no tempo e no espaço;

Diminuição da capacidade de juízo e de crítica;

Dificuldade de raciocínio;

Alterações frequentes do humor e do comportamento;

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Mudanças na personalidade;

Perda de iniciativa para fazer as coisas.

Conforme a doença avança, linguagem, orientação espacial, pensamento lógico e regulação das emoções, entre outras funções mentais, são afetadas. Na fase mais avançada, há prejuízos motores. A pessoa tem dificuldade para ficar de pé, caminhar, engolir, controlar o esfíncter etc., tornando-se totalmente dependente.

O Alzheimer em si não mata, mas suas complicações podem. Dos primeiros prejuízos à memória até a fase avançada podem se passar dez ou 15 anos.

*Com informações de reportagens publicadas em 19/06/2018 e 15/05/2024

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