Cura do diabetes? Técnica inibe tipo 1 em camundongos e traz esperança

No final de 2024, o número de adultos com diabetes no mundo ultrapassou 800 milhões, um aumento de quatro vezes desde 1990. A doença, que não tem cura, é caracterizada por altos níveis de açúcar no sangue.

No entanto, um novo estudo pré-clínico mostrou que o tipo 1 da condição, replicado em animais, foi revertido usando uma técnica que combina transplante de células produtoras de insulina com células modificadas para formar vasos sanguíneos.

Agora, os pesquisadores estão tentando testar essa técnica em seres humanos, com a esperança de que ela possa, um dia, curar o diabetes. Os resultados da pesquisa foram publicados em 29 de janeiro na revista científica Science Advances.

Resultados foram promissores

Os cientistas têm avançado significativamente nos últimos anos no campo do transplante de ilhotas pancreáticas, buscando restaurar a capacidade do corpo de produzir insulina. As ilhotas pancreáticas são o único tecido humano capaz de gerar insulina em resposta ao aumento de glicose no sangue. No entanto, no diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca essas células, prejudicando sua função e levando à deficiência de insulina.

As células das ilhotas dependem de um rico sistema de vasos sanguíneos para funcionar adequadamente. Um dos maiores desafios nesse processo tem sido justamente replicar o ambiente vascular necessário para a sobrevivência das ilhotas.

No estudo em questão, pesquisadores da Weill Cornell Medicine (EUA) combinaram células do pâncreas, responsáveis por produzir insulina, com células modificadas para formar vasos sanguíneos. Esse tratamento foi testado em camundongos e conseguiu reverter uma condição semelhante ao diabetes nos animais, o que significa que as células do pâncreas voltaram a produzir insulina, essencial para controlar os níveis de açúcar no sangue.

A técnica foi pensada para ser menos invasiva, permitindo que as células sejam implantadas sob a pele, em vez de precisar de uma cirurgia mais complexa. As células modificadas ajudaram a criar uma rede de vasos sanguíneos que forneceu o ambiente necessário para que as células do pâncreas funcionassem novamente.

Quais os sintomas do diabetes tipo 1

Fome frequente;

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Mal-estar;

Náusea e vômito.

Entre os sintomas das crianças diagnosticadas com diabete tipo 1, é possível observar que elas tendem a voltar a fazer xixi na cama durante a noite ou apresentar infecções recorrentes na região íntima.

Medidas após receber o diagnóstico

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Imagem: Getty Images

É importante que a pessoa adote novo estilo de vida, que envolva alimentação saudável e prática de exercícios, para manter os níveis de glicose sob controle. Um profissional de saúde também deve acompanhar regularmente o paciente.

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Além disso, os fumantes diagnosticados com o tipo 1 devem abandonar imediatamente o cigarro. As lesões produzidas futuramente por causa dos diabetes, como lesões vasculares e renais, são agravadas com o fumo.

Segundo o Ministério da Saúde, pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram o diabetes tipo 1 devem fazer exames regularmente para acompanhar o nível de glicose no sangue.

*Com informações de reportagem publicada em 24/08/2022

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