Vale comer iogurte grego todo dia? Veja diferenças para o natural integral

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Fonte de proteínas e cálcio, o iogurte é consumido tanto no café da manhã quanto na hora que bate aquela fome no meio da tarde. Uma versão especialmente atraente para quem tem o hábito de consumi-lo no dia a dia é o grego, que proporciona sensação de saciedade duradoura.
Entenda o iogurte 'dos deuses'
A diferença fundamental na produção industrial do iogurte grego é a adição à receita de uma substância chamada mussalina, que evita que o leite coalhe, mesmo passando por todo o processo de "quebra" de moléculas, exposição a altas temperaturas e resfriamento.
Uma vez pronto, o iogurte é coado ou decantado, para que seu soro seja retirado. Resta, assim, uma pasta grossa, sem perdas nutricionais em relação ao iogurte natural integral. A consistência é cremosa e "pesada" e o sabor, azedo. Mas isso não impede que ele seja comido puro.
Vale esclarecer que "iogurte grego" é apenas um nome fantasia inventado nos EUA e adotado no resto do mundo, e não significa que este produto seja igual aos iogurtes feitos na Grécia, por exemplo.
Vale mesmo consumir todo dia?

No geral, em 100 gramas de iogurte grego há 133 kcal. A composição do grego faz com que ele tenha também mais açúcares e gorduras: 7,5 g de gorduras totais (sendo 5,1 g de gorduras saturadas) e 15 g de carboidratos.
Por estes critérios, portanto, quem estiver em dieta de emagrecimento ou simplesmente de olho na balança para não ganhar quilos extras deve optar pelo iogurte integral natural.
Mas um estudo da Escola de Saúde Pública T.H. Chan, da Universidade de Harvard (EUA), sugeriu o contrário: que a ingestão frequente pode ajudar na perda de peso e reduzir o risco de diabetes tipo 2. Revelou ainda que o consumo regular desse iogurte pode aumentar a diversidade da microbiota intestinal, prevenir o câncer colorretal e melhorar o sistema imunológico.
Quanto às proteínas, embora muito se fale sobre o iogurte grego ser mais rico nelas, a diferença dele para o iogurte natural integral é pequena: 5,4 g contra 4 g, respectivamente. Esse valor não chega a ser significativo a ponto de influenciar na escolha entre um e outro. O mesmo vale para o sódio: 40 mg no grego e 51 mg no natural integral.
Já quando o assunto é cálcio, o iogurte grego apresenta uma vantagem interessante: são 200 mg contra 140 mg na versão natural integral. Se a preocupação é maior com a prevenção de osteoporose e manutenção da saúde dos ossos e dos dentes, o iogurte grego é uma alternativa mais vantajosa.
Como escolher e cuidados
O nutrólogo Eduardo Rauen recomenda que se preste atenção a algumas informações no rótulo dos produtos. Opte pelos que têm ingredientes 100% naturais, sem adição de açúcar e sem os famosos "antes" — conservantes, estabilizantes, espessantes. "Quando o iogurte é feito com ingredientes de qualidade, características como suavidade, consistência e cremosidade aparecem naturalmente, sem precisar acrescentar estes elementos", diz.
Se você adicionar o iogurte à sua dieta e notar qualquer sintoma estranho, é aconselhável consultar um especialista para verificar possíveis reações adversas aos ingredientes do alimento.
Embora o iogurte grego tenha menos lactose do que o iogurte tradicional devido ao processo de filtragem, ele ainda pode causar intolerância em algumas pessoas, desencadeando sintomas como inchaço, gases e diarreia.
*Com informações de reportagem publicada em 25/02/2021
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