Como identificar um 'mulherengo' de forma rápida, segundo a ciência

Ler resumo da notícia
Qual mulher nunca se apaixonou por um homem sexy, autoconfiante, atraente, mas um verdadeiro Don Juan, um "conquistador barato"?
Segundo Mirian Goldenberg, antropóloga, pesquisadora e autora do livro "Por que Homens e Mulheres Traem?", esses homens, os "mulherengos", são minoria —em sua pesquisa, algo em torno de 7%. E eles jamais se intitulam cafajestes. "Dizem que são poligâmicos por natureza e não podem trair o próprio desejo. Que precisam da sedução, da aventura, da conquista."
O que os diferencia de outros homens, para a pesquisadora, é a capacidade de seduzir e dizer o que as mulheres querem ouvir. No fim das contas, esse cafajeste é malvisto por mulheres e homens, acredita Goldenberg. "Ele simboliza para os outros homens o fracasso da arte da sedução. Porque se só o cafajeste consegue aquilo que as mulheres querem, a maioria se sente extremamente derrotada. E para as mulheres representa tudo o que elas não querem."
Eles são bons de lábia e mentem

O segredo dos cafajestes, segundo a antropóloga, é ter aprendido precocemente o que as mulheres querem. Com isso, demonstram fidelidade e, às vezes, convencem que são até mais leais do que os outros homens. "As mulheres dizem que querem o homem fiel, em primeiro lugar, então elas jamais ficariam com um cafajeste se soubessem que ele é um."
Identificar um homem desse pode ser desafiador, mas alguns comportamentos e sinais podem indicar que ele tem um feitio suspeito. Alguns sinais para se observar incluem:
Comportamento excessivamente encantador: ele pode ser muito charmoso e fazer elogios rápidos, tentando conquistar a atenção de várias mulheres ao mesmo tempo.
Histórico de relacionamentos superficiais: frequentemente, ele tem várias "amizades" ou "relacionamentos rápidos", mas sem compromisso real.
Falta de comprometimento: pode evitar falar sobre o futuro ou compromissos a longo prazo. Ele tende a manter as relações no nível mais superficial possível.
Frequente flerte com outras mulheres: mesmo estando com alguém, ele pode flertar com outras mulheres ou demonstrar interesse por outras.
Mudança de comportamento em público: em público, ele pode ser muito simpático e atento, mas no privado pode ser distante ou desinteressado.
Falta de transparência: ele pode ser evasivo quando se trata de dar detalhes sobre a vida pessoal ou sobre outros relacionamentos.
Demonstra orgulho de suas conquistas com mulheres: pode falar abertamente sobre suas aventuras amorosas, mostrando um padrão de comportamento que envolve muitas conquistas amorosas.
Esses sinais, embora possam ser indicativos, não garantem que alguém seja mulherengo. Cada pessoa é única, e essas características podem ser observadas em diferentes contextos. É importante sempre se comunicar abertamente e observar o comportamento ao longo do tempo. Com dificuldades, peça ajuda. Um psicólogo pode oferecer suporte emocional e orientações para tomar decisões.
Se está em período fértil, atenção
Para Kristina Durante, pós-doutora em psicologia social: mulheres, independentemente da idade, se sentem mais atraídas aos homens cafajestes durante a ovulação. Ela acredita ainda que quando as mulheres não estão ovulando, têm uma visão mais realista.
"Então, se pensarmos nos níveis de estrogênio ao longo da vida, mulheres que são mais férteis, com 20 e poucos anos de idade, mais provavelmente se iludiriam com os cafajestes. Provavelmente, as mais jovens mostrariam mais esse efeito do que as mais velhas", diz.
Segundo Durante, as características dos cafajestes são ligadas a altos níveis de testosterona, sistema imunológico mais eficaz e, portanto, condições genéticas melhores. "A interpretação para isso é que somos mais atraídas por esses homens porque podemos passar seus bons genes aos nossos filhos. Em centenas de milhares de anos atrás, nossas crianças, se tinham esses sistemas imunológicos mais eficazes, tinham mais probabilidades de sobreviver nas condições ambientais dos nossos ancestrais", explica a pesquisadora.
*Com informações de reportagem publicada em 16/02/2013
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.