Sem sintomas e dor: câncer de Tony Bellotto é desafiador, mas há tratamento

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Tony Bellotto, 64, guitarrista dos Titãs, usou seu Instagram para avisar aos fãs que está com câncer de pâncreas e que passará por uma cirurgia. O músico não teve sintomas e descobriu a presença do tumor no órgão durante exames de rotina. A doença é responsável por 5% dos óbitos por câncer anualmente no Brasil.
O que aconteceu
Cantor se diz confiante. No vídeo em que avisou seus seguidores da doença, ele afirma que a turnê da banda irá continuar e que ele voltará aos palcos assim que se recuperar.
Logo que eu me recupere vou retomar os shows e as minhas atividades profissionais, então desde já eu quero agradecer os pensamentos, palavras e mensagens de apoio e carinho e pedir que vocês não sofram, sem drama. Eu estou tranquilo, confiante, enfrentando tudo com coragem e dignidade. Tony Bellotto
Câncer raro, desafiador e silencioso. A doença é considerada desafiadora porque acomete um órgão vascularizado cercado de outros órgãos importantes, pode se espalhar facilmente e também ser assintomática. Apesar disso, os médicos garantem que ela tem tratamento e é curável. A condição para isso é o diagnóstico precoce.
Vários fatores de risco podem ser responsáveis pelo surgimento de um tumor no pâncreas. Além da genética, o tabagismo, a obesidade por falta de atividade física, a pancreatite, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, o diabetes tipo 2, a cirrose e a exposição a substâncias químicas podem ser determinantes para o seu aparecimento. É mais comum em pacientes com mais de 55 anos.
Doença é assintomática. Mas com o crescimento do tumor, o paciente pode começar a sentir falta de apetite, dor na parte superior do abdome, na região lombar, desenvolver diabetes e ter perda de peso involuntária.
Tratamento diferente dependendo do estágio da doença. As estratégias terapêuticas que os médicos têm à disposição são a cirurgia (pode ser até minimamente invasiva como a laparoscópica ou a robótica), radioterapia, quimioterapia, além de outros medicamentos. Quando possível, a cirurgia é a chave para o tratamento curativo e a sobrevida é de 20% a 30% em cinco anos, em média.
Prevenção é com estilo de vida saudável. Evite o tagabismo e o consumo excessivo de álcool, invista em algum tipo de atividade física e mantenha o peso e a dieta equilibrados.
*Com informação de reportagem de outubro de 2024
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