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OMS vê 17 fontes de doenças como prioridade para novas vacinas; veja lista

Dinheiro não pode ser fator determinante na hora de decidir qual doença combater, alertou a OMS Imagem: Erasmo Salomão/Ministério da Saúde

Colaboração para VivaBem

07/11/2024 05h30

A OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgou uma lista de organismos causadores de doenças que deverão ser combatidos com prioridade por novas vacinas.

Esta lista é resultado de um estudo do órgão da ONU (Organização das Nações Unidas), publicado na revista científica eBioMedicine, que avaliou os patógenos mais comuns globalmente para analisar quais devem ser os alvos mais urgentes de cientistas.

Por que estes microorganismos preocupam cientistas

Para chegar à relação, os pesquisadores identificaram os 10 patógenos nativos de cada região do mundo mais predominantes ou que preocupam mais os experts regionais e internacionais ouvidos pelo time.

Eles, então, foram filtrados com base em oito critérios:

  • maior número de mortes de crianças menores de cinco anos;
  • maior número de morte de pessoas mais velhas do que cinco anos;
  • maior número de anos de sequelas/deficiências vividos pelas pessoas afetadas;
  • fardo socioeconômico de cada caso;
  • transtornos causados por surtos;
  • contribuição para desigualdades sociais;
  • risco de resistência a antibióticos e necessidades de prevenção e tratamento não sanadas.

Cada um deles recebeu pesos diferentes e foi analisado com o auxílio de pesquisas em inglês, árabe, chinês, francês, português, russo e espanhol , que conversaram tanto com especialistas em vacinas como com membros das populações afetadas mundo afora.

Assim, foram confirmadas três prioridades que a OMS e a comunidade científica já suspeitavam existir. Juntas, essas as doenças matam 2,5 milhões de pessoas ao ano:

Além disso, deve ser prioridade controlar, em todo o mundo, o grupo A da estreptococus e Klebisella pneumoniae, ambas bactérias causadoras de pneumonia. A OMS aponta o alto risco de que elas acabem se tornando cada vez mais resistentes aos antibióticos disponíveis e, por isso, mais letais.

Covid-19 ainda representa risco

Muito frequentemente decisões globais a respeito de novas vacinas foram motivadas unicamente pelo retorno no investimento, em vez do número de vidas que poderiam ser salvas nas comunidades mais vulneráveis. Este estudo usa expertise regional ampla e dados para avaliar quais vacinas não só reduziriam significativamente doenças que impactam tremendamente as comunidades hoje, mas também reduziriam os gastos médicos que as famílias e sistemas de saúde enfrentam. Kate O'Brien, médica e diretora de imunização, vacinas e biofármacos da OMS

A organização ainda alertou, em comunicado à imprensa, que esta lista de patógenos endêmicos é parte de sua Agenda de Imunização para 2030 e apenas complementa a lista de nove patógenos epidêmicos prioritários, que podem causar novos surtos ou pandemias — como é o caso da covid-19 e da SARS/SRAG (síndrome respiratória aguda grave). A pesquisa da OMS foi financiada pela Bill and Melinda Gates Foundation.

Lista de Patógenos Endêmicos Prioritários da OMS

Vacinas para estes organismos estão em estados diferentes de desenvolvimento

Patógenos que necessitam de mais pesquisa em vacinas:
Estreptococo grupo A
Vírus da Hepatite C
HIV-1
Klebsiella pneumoniae

Patógenos que precisam de mais vacinas ou vacinas mais avançadas:
Citomegalovírus
Vírus Influenza/gripe (vacina de proteção ampla)
Espécies de Leishmania
Salmonela não tifoide
Plasmodium falciparum (malária)
Espécies de shigella
Staphylococcus aureus

Patógenos cujas vacinas estão se aproximando de aprovação regulatória, recomendação de política pública ou introdução:
Vírus da dengue
Estreptococo grupo B
E. coli patogênica extra-intestinal
Bacilo de Koch (tuberculose)
Vírus sincicial respiratório (VSR)

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