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Para que serve o hímen nas mulheres? Sabia que existem vários tipos?

O hímen é uma membrana inata nas mulheres - iStock
O hímen é uma membrana inata nas mulheres Imagem: iStock

De VivaBem, em São Paulo

02/10/2022 04h00

O hímen é uma membrana que se forma nas mulheres antes mesmo de seu nascimento. Na verdade, antes mesmo da vagina: na fase de embrião, o órgão sexual feminino ainda não está formado. Quando ela se desenvolve, os resquícios de uma "tampa" rudimentar permanecem ali como hímen. E, não, ele não serve para nada.

O hímen não tem função orgânica, nem protege contra infecções: ele apenas existe, anatomicamente, na vagina das mulheres.

A membrana não possui terminações nervosas e, por isso, não causa dor ao ser rompida. As dores que uma mulher pode sentir nas primeiras relações sexuais são, na verdade, devidas ao estiramento da vagina —que passara, até ali, a vida toda em repouso. A pele e os músculos vaginais doem porque ficam mais estirados para acoplar o pênis.

Nem sempre o hímen é rompido pela penetração do pênis. Acidentes, atividades esportivas, uso de absorventes íntimos e masturbação, por exemplo, podem romper a membrana.

E, mesmo sem doer ao ser rompido, o hímen pode sangrar. Em alguns casos, ele não se rompe totalmente e, por isso, o sangramento pode ocorrer nas primeiras relações sexuais. A intensidade e o número de sangramentos dependem do tipo de hímen de cada mulher.

Existem, basicamente, cinco tipos de hímen.

O mais comum é o anular: como o nome diz, tem formato de anel, com um furo no meio para permitir a passagem da menstruação.

O hímen septado tem uma pele no meio do furo e é mais resistente. Ele pode incomodar mais na primeira relação, mas não provoca dor.

O complacente é flexível e pode ser rompido aos poucos, durante as primeiras relações sexuais.

Há ainda o hímen cribiforme, que contém vários buraquinhos que deixam passar a menstruação, e é ainda mais resistente.

Mas nenhum deles vence a resistência do hímen imperfurado, o tipo mais raro de todos, que não deixa o fluxo menstrual passar e deve ser retirado através de intervenção cirúrgica.

Fonte: Carolina Ambrogini, ginecologista e sexóloga coordenadora do Centro de Sexualidade Feminina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).