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Estrela do OnlyFans decide diminuir seios; saiba quando cirurgia é indicada

Reprodução/Youtube
Imagem: Reprodução/Youtube

De VivaBem, em São Paulo*

16/08/2022 12h51

Um ano após ter colocado uma prótese de silicone, a ex-integrante do girl group Atomic Kitten e estrela da plataforma de conteúdo adulto OnlyFans Kerry Katona, 41, afirmou ter passado por uma cirurgia de redução de seios. Segundo relato compartilhado pela cantora britânica em seu canal no YouTube, o motivo da operação foi a dor nas costas provocada pelo tamanho das mamas.

"Meus peitos são muito grandes, me dão muita dor nas costas. Então, vou fazer uma redução hoje", explicou em vídeo publicado ontem (15/8). "Eu coloquei um implante no ano passado e não sei por que fiz isso", contou.

O que é a cirurgia de redução de mamas e quando é indicada

A mamoplastia ou mastoplastia redutora é um procedimento cirúrgico que trata um problema denominado hipertrofia mamária ou gigantomastia, popularmente conhecido como mamas grandes.

O objetivo da cirurgia é reduzir as mamas e corrigir a queda, conferindo aos seios formato e projeção adequados aos contornos corporais da mulher, o que se obtém por meio da retirada do excesso de tecido gorduroso e glandular.

O alívio de dores e o desconforto associado ao volume e peso das mamas —como foi o caso de Kerry Katona— é a indicação médica mais comum para fazer a cirurgia.

Dores crônicas nas costas e no pescoço, dor nos ombros, dor de cabeça, dermatite abaixo das mamas, sulcos na pele do ombro causados pelas alças do sutiã, problemas posturais, dor nas mamas, assimetria e dificuldade para se exercitar ou encontrar roupas adequadas são as queixas mais comuns apresentadas a ginecologistas, mastologistas, ortopedistas e cirurgiões plásticos.

Casos de mulheres que colocaram silicone e depois ficaram insatisfeitas com o resultado, como a cantora britânica, também são comuns. A busca por esse procedimento também pode ocorrer por questões físicas e psicológicas.

A cirurgia também pode ser feita em homens, nos quais o aumento anormal das mamas é chamado de ginecomastia. Entre eles, a operação pode ser indicada quando houver aumento mamário maior que 5 cm. As queixas do público masculino incluem constrangimento pela aparência do volume das mamas nas roupas e restrição do convívio social (como evitar ir à praia ou à piscina onde seria necessário tirar a camisa).

No Brasil, cirurgiões especializados pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) e mastologistas com formação e atuação em estética mamária estão aptos para realizar esse tipo de procedimento.

O que esperar da cirurgia

O procedimento é considerado bastante seguro —se preenchidos todos os requisitos para a sua indicação— e os seus riscos são os mesmos que todos os tipos de cirurgias apresentam: possibilidade de sangramento, infecção, problemas de cicatrização e com anestésicos, além de trombose e embolia.

Para a maioria das pessoas, o índice de satisfação com a redução mamária é alto. Um recente estudo de revisão da literatura médica realizado pela Unicesumar, no Paraná, por exemplo, concluiu que a taxa de satisfação das mulheres com essa cirurgia é superior a 70%. As pacientes melhoraram significativamente a qualidade de vida, a saúde mental, os sintomas físicos, a sexualidade e a imagem corporal.

Após realizar a operação, Kerry celebrou o sucesso do procedimento: "Não tenho mais peitos, eles se foram! Literalmente não tenho peitos".

No entanto, é preciso lembrar que nenhum resultado de cirurgia plástica é permanente: todos sofrem alterações ao longo do tempo. No caso da redução de mama, podem ocorrer perdas parciais dos resultados cirúrgicos com o passar dos anos. São exemplos a flacidez natural e a mudança no posicionamento das mamas —mudanças que já fazem parte do envelhecimento natural da pele e que aconteceriam mesmo sem a cirurgia.

*Com informações de reportagem publicada em 25/01/2022.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que informava a primeira versão deste texto, a ginecomastia é o nome dado ao inchaço do tecido mamário masculino causado por um desequilíbrio hormonal, e não à cirurgia de redução das mamas em homens. A informação foi corrigida.