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Cortar medicação na gravidez pode agravar a asma; entenda por quê

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Imagem: iStock

Gabriel Dias

Colaboração para VivaBem*

08/08/2022 09h38

Durante a gravidez, é comum que as mulheres parem de usar algumas medicações, o que pode agravar certas doenças crônicas como, por exemplo, a asma. O mais aconselhável é que a gestante procure um médico para saber se deve ou não continuar tomando os remédios.

A falta de medicação contra a asma faz com que a mulher tenha uma menor oxidação, problemas respiratórios e, consequentemente, uma gravidez de alto risco. Por isso, especialistas em saúde recomendam que a mediação seja regular para estabilizar os problemas respiratórios.

Quais os riscos das medicações?

Para as mamães que estejam preocupadas com possíveis efeitos colaterais no bebê, é preciso compreender que existe uma classificação de risco para os medicamentos que são A, B, C, D e E. Os remédios do tipo "A" não apresentam nenhum problema e a "E" pode causar algum prejuízo para o bebê. Os remédios para asma estão entre as classes B e C.

A asma pode piorar na gravidez?

A asma pode ser classificada em quatro categorias gerais: da mais moderada para a mais severa. Normalmente, a gravidez não afeta a asma, porém, para algumas mulheres, a asma pode piorar durante a gestação.

Quando isto acontece, geralmente há uma melhora gradual ao longo da gestação. É também possível que a asma piore durante a gravidez, com o aumento dos sintomas entre as semanas 29 a 36 da gestação.

Contudo, é possível que algumas mulheres vivenciem uma piora nos sintomas nos meses finais de gestação por terem parado suas medicações ao terem engravidado. Quaisquer mudanças nas suas medicações de rotina também podem ter influência sobre os sintomas da asma.

Se a mãe possui asma mal controlada ou de intensidade moderada a severa e/ou se está se recuperando de uma crise de asma, o médico poderá recomendar uma série de ultrassons a partir da 32ª semana de gestação para monitorar o crescimento do bebê e sua atividade. Durante um ultrassom, ondas de som de alta frequência são utilizadas para produzir imagens da criança dentro do útero.

Se os sintomas de asma estiverem piorando, o médico poderá recomendar o monitoramento fetal eletrônico ou um perfil biofísico - testes pré-natais utilizados para verificar o bem estar do bebê. O monitoramento combina o monitoramento da frequência cardíaca do bebê e o ultrassom fetal. Durante o perfil biofísico, a frequência cardíaca do bebê, sua respiração, seus movimentos, tônus muscular e nível de líquido amniótico são avaliados.

Remédio da asma pode ser benéfico para gravidez

O que poucas pessoas sabem é que os mesmos remédios usados para a asma podem ajudar na gravidez, pois eles também são usados para postergar uma gestação prematura.

Quando o feto não está pronto e a criança não amadurece como deveria, usa-se cortisona, para aumentar o tempo de maturação. Outro é o broncodilatador, que relaxa a musculatura, inclusive do útero, também para evitar trabalho de parto prematuro no quarto ou quinto mês.

Se for preciso tomar remédios para o controle dos sintomas de asma durante a gravidez, o médico deverá prescrever a dosagem mais adequada da medicação. A mulher deve tomar a medicação exatamente como prescrita e não parar de tomá-la, nem ajustar sua dose por conta própria.

Dependendo do tipo de medicação que estiver tomando e os sintomas, o médico será capaz de monitorar o controle de asma durante as visitas pré-natais. Em outros casos, talvez seja necessário consultar um pneumologista durante todo o período de gestação.

*Com informações de reportagem publicada em 28/09/2010