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Com medo de agulha, menino escuta música em exame; o que mais pode ajudar?

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Imagem: iStock

De VivaBem*, em São Paulo

07/08/2022 12h15

O vídeo de um menino durante exame de sangue fez sucesso na rede social TikTok. Ouvindo a música "Tâmo Aí Na Atividade", de Charlie Brown Jr., ele aparece com medo da agulha enquanto a mãe e equipe médica tentam acalmá-lo.

"Relaxa, relaxa. Ele sofre por antecedência, nem fez o furo ainda", diz a mãe. Depois que os enfermeiros conseguem inserir a agulha, Isaac canta: "Eu nasci pobre, mas não nasci otário", citando um trecho da música. Todos começam a rir e, aos poucos, o menino vai se acalmando. O vídeo já tem mais de 500 mil visualizações (assista abaixo).

Alguns internautas, inclusive, compartilharam mensagem dizendo que sofrem do mesmo medo. "Oh, gente! Eu tenho 26 anos e ainda sofro, igual o Isaac. Espero que ele possa superar o trauma, e logo sejam apenas histórias engraçadas", escreveu.

Como ajudar quem tem medo de agulha?

O medo de agulhas pode mesmo afetar muita gente —isso ficou ainda mais evidente durante a vacinação contra covid-19. Em casos mais extremos, quando o medo é patológico, ele é chamado de aicmofobia, que pode causar vômitos e desmaios antes do procedimento. Situações como essa necessitam de um apoio médico especializado.

@letciaguerra6

Meu filho meteu um Charlie Brown enquanto colhia sangue

? som original - Letícia Guerra

Mas para a maioria das pessoas, o receio de fazer um exame de sangue ou receber uma vacina pode ser resolvido de forma mais fácil, como a simples presença de alguém conhecido no momento: um acompanhante que pode ser um familiar ou até mesmo um amigo próximo que permaneça ao seu lado segurando a sua mão —ou, no caso do menino Isaac, ouvindo uma música para acalmar. É possível ainda levar brinquedos para distrair os mais novos.

Ainda com as crianças, é importante não associar esse momento —seja de um exame ou de vacinas— como uma forma de castigo, segundo a gerente de farmacovigilância do Instituto Butantan e diretora da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), Mayra Moura. Falas como estas só aumentam o medo da criança.

No geral, uma palavra amiga também pode ser uma boa estratégia. Mas como? Uma conversa de apoio que passe confiança da importância do exame. Isso porque, para o paciente, mais do que mil orientações oficiais, o que vale mesmo é a experiência de pessoas próximas de seu círculo social.

Além disso, idosos, crianças e mesmo adultos, sempre que possível devem ir acompanhados para sentirem-se mais confiantes e serem socorridos, caso passem mal. Claro que receber uma agulha no braço não é algo prazeroso, envolve dor, mas lembre-se que os benefícios dessa atitude valem a pena.

* Com informações de reportagem publicada em 23/07/2021.