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Fui diagnosticado com colite crônica, qual o melhor tratamento?

Daniel Navas

Colaboração para o VivaBem

02/08/2022 04h00

O melhor tratamento para colite crônica vai depender do que está por trás da doença. Por isso, é de extrema importância buscar ajuda de um especialista para que ele peça todos os exames e consiga chegar a um diagnóstico mais preciso.

Vale saber que o tratamento deve ser individualizado, visando o estilo de vida do paciente, grau de acometimento da doença, bem como os sintomas referidos. Mas, de um modo geral, a terapia é multidisciplinar, sendo necessário adequar a dieta do paciente (evitando os alimentos inflamatórios como condimentos e gorduras), encaminhá-lo para outros profissionais, caso a colite tenha relação com quadros de ansiedade e, claro, a prescrição de medicamento.

É bastante importante seguir o tratamento corretamente, porque a terapia incorreta ou a falta dela pode levar a complicações como hemorragias intestinais graves, perfuração do intestino, formação de estenoses, ou estreitamentos do intestino, que por sua vez podem levar à obstrução intestinal. Existe também, a longo prazo, um aumento do risco de câncer de cólon.

A colite crônica é uma doença marcada pela presença de inflamação na região do intestino grosso e que já está instalada no órgão há, pelo menos, 30 dias. Geralmente, os sintomas da doença são:

  • diarreia líquida
  • dor abdominal
  • sangue nas fezes
  • febre
  • emagrecimento sem motivo aparente
  • falta de apetite
  • cansaço
  • anemia
  • desidratação

Normalmente, esses sintomas não se manifestam juntos, mas a diarreia e a cólica abdominal costumam aparecer na grande maioria dos casos.

De modo geral, pessoas que têm uma predisposição genética têm risco maior de desenvolver colite crônica. Por outro lado, não basta ter os genes da doença, é preciso que outros fatores sejam o gatilho. Mas, de acordo com os especialistas, ainda não é possível saber exatamente quais são esses gatilhos. A grande probabilidade é que sejam fatores dietéticos e microbiológicos.

Fontes: Carlos Felipe Bernardes Silva, gastroenterologista do A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo; Daniel Dutra, gastroenterologista do HU-UFPI (Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí), vinculado à Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Tábata Cristina Alterats Antoniaci, gastroenterologista do São Cristóvão Saúde, em São Paulo; Wilson Catapani, vice-presidente da SGSP (Sociedade de Gastroenterologia de São Paulo) e membro titular da FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia).

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