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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


'Tô sem fazer cocô', diz brasileiro em aeroporto; segurar fezes faz mal?

Brasileiro se queixa em entrevista à TV portuguesa que está sem fazer cocô Imagem: Reprodução/Twitter

De VivaBem*, em São Paulo

03/07/2022 09h41

O relato do humorista pernambucano Abdiás Melo viralizou nas redes sociais. O brasileiro se queixa de seu voo cancelado e detalha a situação que vive no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, em Portugal.

"Simplesmente falam assim: 'Vamos resolver, vamos resolver'. Aí bota um voo, dá o cartão de embarque e cancela. Voo, cartão de embarque, cancela. Eu só consigo fazer cocô em casa. Eu tô preso sem fazer cocô!", disse ao RTP 3, canal de notícias da RTP, TV pública de Portugal.

Dificuldade de ir ao banheiro tem nome

Apesar de ser motivo para piadas, o "intestino tímido" é um problema real e tem até nome: parcopresis. Essa síndrome pode ser traduzida como uma espécie de fobia social e engloba pessoas que têm dificuldade de evacuar fora do ambiente em que elas se sentem seguras.

Não existe na literatura uma porcentagem exata de pessoas que sofrem dessa síndrome. É sabido, entretanto, que até 25% da população mundial sofre de constipação —em sua maioria, mulheres. Certamente, uma fatia desse grupo tem esse tipo de fobia.

Geralmente, as pessoas com parcopresis se sentem incomodadas em fazer cocô fora de casa pelo constrangimento. Há um medo de alguém fazer chacota, sentir o odor exalado pelas fezes ou ouvir sons de gases, dificultando o relaxamento essencial para a evacuação.

Segurar cocô faz mal à saúde

Como não temos o controle da vontade de ir ao banheiro, é importante ouvir o intestino quando ele envia um sinal ao cérebro dizendo que é hora de liberar as fezes. Tentar bloquear essa necessidade fisiológica pode piorar ainda mais o desconforto.

Segurar as fezes aumenta a formação de gases, deixa o cocô mais ressecado, provoca alterações de humor e, a longo prazo, pode até causar problemas mais graves, como fissuras anais, hemorroida e sangramento intestinal.

O tratamento pode ser feito de diversas formas. Há quem opte pelo apoio terapêutico, com psicoterapia, ou até psiquiátrico, com o uso de ansiolíticos. Medicamentos que facilitam a evacuação também podem ser prescritos, mas tudo com o aval de um médico especialista. O mais importante é se conscientizar de que é essencial para a saúde obedecer os comandos intestinais, que avisam qual é o momento natural de ir ao banheiro.

* Com informações de reportagem publicada em 08/01/2019.

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