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Covid longa: Estudo aponta que mulheres têm maior risco que homens

Covid longa pode durar meses - iStock
Covid longa pode durar meses Imagem: iStock

Pedro Paulo Furlan

Do UOL, em São Paulo

22/06/2022 16h27

Publicado hoje na revista científica Current Medical Research and Opinion, um estudo afirma que mulheres têm mais chance de sofrer de covid longa que homens. Além disso, de acordo com os cientistas da Johnson & Johnson Office of the Chief Medical Officer Health of Women Team, as diferenças da covid são substanciais entre homens e mulheres. Isso acontece, possivelmente, devido a uma "elevada resposta imune" delas.

A pesquisa se baseou nos dados de mais de 1 milhão de pacientes, além de análise de outros estudos. De acordo com os números, as mulheres tinham mais chance de desenvolver covid longa, seja em casos de até quatro semanas ou mais de quatro semanas - divisão feita no estudo.

Ao olhar para as sequelas, as pacientes do sexo feminino podem apresentar transtornos de humor e depressão, problemas respiratórios e também no ouvido, nariz e garganta, além de dor muscular. Já os homens têm maior predisposição a problemas renais.

O estudo mostra também as diferenças entre os sintomas da covid em si em corpos de sexo masculino e feminino. Elas teriam uma variedade de sintomas, como problemas de ouvido, garganta e nariz. As mulheres também apresentam cansaço, distúrbios neurológicos, gastrointestinais, reumatológicos, além de problemas de pele. Já os homens têm maior propensão a problemas renais e endócrinos.

Com isso, pesquisadores sugerem "a oportunidade de desenvolver e implementar prevenções e intervenções de tratamento criadas para cada sexo".

A pesquisa indica que é necessário prestar atenção às pacientes pois os sintomas em mulheres podem ser desconsiderados devido à semelhança com outras doenças, como encefalomielite miálgica, ou síndrome da fadiga crônica, presente na doença de Lyme, por exemplo.