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Cerveja pode elevar número de bactérias no intestino de homens, diz estudo

monica di loxley/unsplash
Imagem: monica di loxley/unsplash

Do VivaBem, em São Paulo

18/06/2022 11h14

Um estudo piloto mostrou que homens que bebiam uma cerveja alcoólica ou não alcoólica diariamente tinham um conjunto mais diversificado de bactérias intestinais, o que poderia reduzir o risco para algumas doenças. A pesquisa foi publicada no periódico Journal of Agricultural and Food Chemistry, na quarta-feira (15).

A explicação estaria nos compostos presentes na bebida, como polifenóis, e microrganismos da fermentação, que afetariam a variedade de bactérias no intestino.

Como o estudo foi feito

  • O experimento foi duplo-cego, ou seja, nem os pesquisadores, nem os voluntários sabem qual bebida (alcoólica ou não alcoólica) foi dada para cada paciente.
  • Foram recrutados 22 homens saudáveis para beber 330 ml de cerveja não alcoólica (0,0% v/v) ou cerveja alcoólica (5,2% v/v) diariamente durante um acompanhamento de quatro semanas.
  • Amostras de sangue e fezes foram coletadas antes e depois do período de intervenção. A microbiota intestinal foi analisada por sequenciamento do gene 16S rRNA.
  • Os resultados mostraram que beber cerveja não alcoólica ou alcoólica diariamente por um mês não aumentou o peso e a massa de gordura corporal e não alterou significativamente os biomarcadores cardiometabólicos.
  • Segundo os autores, a cerveja ainda aumentou a diversidade da microbiota intestinal, que tem sido associada a resultados positivos para a saúde e tende a aumentar a atividade de um marcador da função da barreira intestinal.

E as mulheres?

Alguns dos voluntários recrutados já haviam participado de outro estudo, feito com mulheres também. Essa pesquisa "cross-over" publicada anteriormente também mostrou que, quando homens e mulheres consumiam cerveja lager sem álcool por 30 dias, a diversidade do microbioma intestinal aumentava.

Aposte na sem álcool

Os resultados do estudo atual sugerem que os efeitos da cerveja na modulação da microbiota intestinal são independentes do álcool e podem ser mediados pelos polifenóis da cerveja.

No entanto, os pesquisadores acrescentam que, como o nível mais seguro de consumo de álcool é nenhum, a cerveja sem álcool pode ser a escolha mais saudável.