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Comer por dois, malhar, transar: médica esclarece dúvidas sobre gestação

Colaboração para VivaBem

20/05/2022 10h32

No quinto episódio da terceira temporada do Conexão VivaBem, a apresentadora Mariana Ferrão recebeu a atriz Thaila Ayala e a ginecologista e obstetra Barbara Murayama para uma conversa sobre maternidade.

A atriz contou que teve uma depressão fortíssima quando estava grávida e chegou a ficar quatro meses na cama. Além disso, a médica esclareceu alguns mitos e dúvidas relacionados a esse momento da vida da mulher.

Grávida tem que comer por dois?

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Não, isso é mito. Segundo a ginecologista, a gestante precisa ter uma alimentação o mais natural possível e não comer por dois. "A gente não quer duplicar", diz. O bebê precisa receber uma variedade de nutrientes, mas não uma quantidade grande.

Sabe aquela desculpa de: "Vou comer dois sorvetes, vou comer dois hambúrgueres". Nem pense nisso. A médica explica que, durante a gravidez, a mulher tem picos de glicemia no sangue e há momentos em que a própria placenta favorece isso. Uma alimentação inadequada pode aumentar ainda mais o risco de a mulher desenvolver o diabetes gestacional, que é comum depois dos 35 anos de idade.

Sempre que possível, a paciente deve buscar orientação nutricional de uma profissional da área.

Grávida pode malhar?

A maioria sim, mas sempre com orientação médica. Alguns estudos têm mostrado que a mulher pode continuar fazendo o que vinha fazendo nos últimos três meses antes da gravidez, inclusive, atividades mais fortes, como o crossfit e a corrida —caso ela não tenha nenhuma restrição ou risco de aborto.

Qualquer alteração que surgir durante o pré-natal, o médico orientará a paciente, mas, de forma geral, a recomendação é fazer uma atividade mais leve, principalmente por conta do eixo de equilíbrio do corpo que muda.

Todas as atividades que possam trazer algum tipo de desequilíbrio, ou as de impacto, como luta e andar de bicicleta na rua, são contraindicadas.

Sexo induz o trabalho de parto?

Pode ajudar, mas só em quem já está favorável. O sexo é só mais uma das ferramentas que podem auxiliar, assim como caminhar, fazer exercícios na bola, no chuveiro, no cavalinho.

A mulher pode fazer sexo normalmente até a véspera do parto se quiser e se sentir confortável, mas não é isso que vai fazer com que ela entre em trabalho de parto mais cedo. "Isso não. Se estiver tudo bem na gravidez, ela vai fazer sexo e não vai acontecer nada", afirma a ginecologista.

O formato da barriga indica se é menino ou menina?

De acordo com a obstetra, na medicina chinesa até existe alguma coisa nesse sentido, mas na medicina ocidental, na medicina baseada em evidências, não existe nenhuma comprovação.

O que é a síndrome HELLP?

Thaila Ayala contou que teve a síndrome HELLP (hemólise, enzimas hepáticas elevadas, baixa contagem de plaquetas) na gestação do seu filho Francisco. "A síndrome é uma doença gestacional grave que consiste na quebra das hemácias, o aumento das enzimas hepáticas e a queda das plaquetas, que são células do nosso sangue que ajudam na coagulação. Basicamente é um problema de coagulação do sangue", explica Barbara Murayama.

A causa exata da doença ainda é desconhecida e não existe uma forma de se prevenir, mas é importante ficar alerta aos sintomas, que pode vir acompanhada ou não da pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, além de dor forte no abdome superior, dor de cabeça e vômitos. "Às vezes a gente não detecta assim, a paciente chega passando mal e tem uma convulsão", comenta a médica.

De acordo com Barbara, como a doença começa na placenta, o tratamento é retirar o bebê. "A gente tem que salvar as duas vidas. A gente faz o parto, tira a placenta e é meio mágico, em geral, em poucas horas a mulher começa a ter uma melhora dos parâmetros no sangue e fica tudo bem", diz. No entanto, ela ressalta que há casos em que a paciente pode ficar internada e necessitar de uma transfusão de sangue, de plaquetas ou de plasma.

A síndrome HELLP acontece em torno de 0,1% a 1% das gestantes, não é tão comum, mas é grave. "Se não for acolhido muito rapidamente pode levar à morte tanto da mãe quanto do bebê", afirma a obstetra.

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