É normal fazer um pouco de força quando se está terminando de fazer xixi?

Não. O correto é o esvaziamento completo da bexiga sem esforço. Por isso, neste caso, é importante marcar uma consulta com um médico urologista para melhor avaliação desse sintoma. Inúmeras situações podem levar a quadros assim, dependendo da idade e do gênero. Entre as mais frequentes está o crescimento da próstata (hiperplasia prostática benigna), cálculos na bexiga, doenças neurológicas e também o uso de determinados medicamentos. Na mulher, esse esforço é mais comum na terceira idade, quando se desenvolve uma queda de bexiga, o que muda a angulação do órgão com a uretra, dificultando a saída "natural" da urina.

É de extrema importância buscar a ajuda de um especialista porque o esforço repetitivo da bexiga por longos períodos pode comprometer o funcionamento da musculatura do órgão urinário. Além disso, em casos mais extremos, pode levar a uma perda da função total da bexiga, comprometendo a contratilidade e capacidade de esvaziar a urina, levando o paciente a necessitar o uso de sonda vesical para retirar totalmente o xixi.

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A sensação de não esvaziar a bexiga é um sintoma do órgão alertando que algo não está adequado. Dependendo da causa, por exemplo em quadros obstrutivos como num estreitamento da uretra, a retenção dessa urina que não consegue ser esvaziada pode levar a um quadro de incontinência urinária paradoxal. A bexiga enche tanto que acaba esvaziando de maneira abrupta e fora do controle.

Localizada na parte inferior do abdome, a bexiga é responsável por armazenar e eliminar a urina que foi produzida pelos rins. Em adultos, o órgão é capaz de guardar em torno de 700 ml a 800 ml do líquido. E é na saída da bexiga que está o esfíncter interno, músculo que se contrai involuntariamente para a saída da urina. Neste caso, não há problema, pois é uma ação natural do corpo humano. Como dito, o alerta se dá quando a pessoa faz o esforço para que o xixi saia por completo.

Fontes: Fernando Leão, médico urologista e cirurgião robótico do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo e Goiânia; José Hipólito Dantas, médico urologista e chefe da unidade de transplante do HUOL/UFRN (Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte) que faz parte da Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares); Rafael Foinquinos e Roberto Cohen, ambos urologistas do Hospital Santa Joana Recife.

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