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'Um Lugar ao Sol': Santiago usa estimulante sexual e passa mal; há riscos?

Santiago passa mal ao tentar transar com Érica em "Um Lugar ao Sol" - Reprodução/TV Globo
Santiago passa mal ao tentar transar com Érica em "Um Lugar ao Sol" Imagem: Reprodução/TV Globo

Do VivaBem*, em São Paulo

13/01/2022 13h37

Na novela da TV Globo "Um Lugar ao Sol", o personagem Santiago, interpretado pelo ator José de Abreu, passou mal após tentar fazer sexo com Érica (Fernanda de Freitas) e, por, isso, precisou de atendimento médico.

Em seguida, a filha do personagem, Rebeca (Andréa Beltrão) descobriu que, na verdade, o pai usou um estimulante sexual, conhecido popularmente como "viagra" —embora, na trama, não seja citado qual remédio ele utilizou.

Para evitar riscos à saúde, o que os especialistas explicam é que qualquer tipo de medicamento seja ingerido após orientação médica, então o mesmo se aplica aos estimulantes sexuais. No caso do Viagra (sildenafila), a contraindicação absoluta é a associação com medicamentos que contêm nitrato na fórmula —normalmente prescritos para doenças do coração.

Essa combinação das drogas pode causar queda de pressão severa, acidente vascular cerebral (AVC), infarto e até a morte. Daí a importância de não consumir a pílula azul sem orientação médica, principalmente se você faz uso de algum outro remédio.

Como regra geral, o medicamento deve ser evitado por homens que têm falta de ar ou dor no peito ao fazer exercícios leves, como subir poucos lances de escadas. Pessoas com doenças graves no coração ou fígado, ou que tenham sofrido AVC há pouco tempo, por exemplo, devem evitar o fármaco.

Com a tadalafila, outro medicamento indicado para disfunção sexual, conhecido pelo nome comercial Cialis, as contraindicações envolvem pessoas que sejam alérgicas (ou tenham conhecimento de que alguém da família tenha tido reação semelhante) ao seu princípio ativo ou a qualquer outro componente de sua fórmula.

Há outras condições que devem ser levadas em consideração, como uso de tabaco, colesterol alto, diabetes, problemas no coração, hipertensão ou hipotensão, doenças oculares, no fígado ou rins, entre outras.

Além disso, é importante dizer que idosos podem fazer uso do remédio, desde que não haja contraindicações nem interações com medicamentos de uso contínuo. Por isso, é importante que o uso de estimulantes só ocorra após avaliação médica para que se possa usufruir do melhor que o remédio pode oferecer.

O Viagra pode provocar um ataque cardíaco?

De acordo com os especialistas, até há casos de homens que sofreram um ataque cardíaco após usar o medicamento. No entanto, os médicos esclarecem que a causa do problema foi o esforço excessivo e prolongado durante o sexo, e não a ação da droga em si.

Algumas vezes, efeitos colaterais comumente reportados por quem usa o remédio —calor da face, taquicardia leve, dor de cabeça e sensação de nariz entupido — podem levar a pessoa a achar que está tendo um problema no coração.

Mas esses sintomas ocorrem por causa da ação vasodilatadora da droga. Eles não têm relação com a iminência de um ataque cardíaco e passam junto com o efeito sobre a ereção.

Como funciona o Viagra?

A ação do Viagra —assim como de versões com outros nomes comerciais— é inibir a atividade da enzima PDE5 (fosfodiesterase 5). A PDE5 impede a ereção porque prejudica a vasodilatação e a irrigação sanguínea no pênis.

Sem essa ação da enzima no momento do estímulo sexual, potencializa-se o efeito do óxido nítrico, que é um vasodilatador natural do organismo, e a ereção pode acontecer.

Porém, tomar apenas o remédio não é garantia de sucesso. É necessário também estímulo sexual para que o medicamento funcione bem.

Recomenda-se que o paciente pare de tomar Viagra e consulte um médico nos seguintes casos:

  • Se sentir dor no peito;
  • Se tiver ereções prolongadas (mais de quatro horas) e às vezes dolorosas;
  • Caso exista uma perda repentina de visão;
  • Se houver uma reação cutânea grave, que pode ser acompanhada por febre, descamação da pele, inchaço e bolhas;
  • Caso sofra convulsões ou alergias.

Com informações de reportagens publicadas em 01/04/2018, 25/04/2018 e 07/12/2021.