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Estudo: vacinados com CoronaVac podem precisar de 2 reforços contra ômicron

Detalhe de frasco com a vacina CoronaVac contra a covid-19 em posto de vacinação na cidade de Santa Gertrudes, no interior de São Paulo - Matheus Sciamana/Photopress/Estadão Conteúdo
Detalhe de frasco com a vacina CoronaVac contra a covid-19 em posto de vacinação na cidade de Santa Gertrudes, no interior de São Paulo Imagem: Matheus Sciamana/Photopress/Estadão Conteúdo

Saulo Pereira Guimarães

Do UOL, no Rio

01/01/2022 17h42

Um estudo preliminar realizado por cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, em parceria com o Ministério da Saúde da República Dominicana, indica que pessoas imunizadas com a vacina Coronavac podem precisar de duas doses de reforço com o imunizante da Pfizer para estarem protegidas contra a variante ômicron do novo coronavírus.

A pesquisa foi publicada na plataforma medRxiv e ainda é um pre-print —ou seja, trata-se de uma versão preliminar do artigo definitivo que ainda pode passar por ajustes e precisa ser revisada por outros especialistas antes de ser aprovado para publicação oficial em revistas científicas.

O estudo envolveu mais de 100 participantes e ainda contou com a colaboração de especialistas de outras instituições.

Aplicada no Brasil e em outros 47 países, a Coronavac apresentou eficiência limitada contra a ômicron, variante do vírus causador da covid-19.

"Em termos de saúde pública, duas doses de CoronaVac são insuficientes para neutralizar o ômicron. Portanto, quem tomou CoronaVac pode precisar de duas doses de reforço adicionais para atingir os níveis necessários contra ômicron", afirmou Akiko Iwasaka, professora da Escola de Medicina da Universidade de Yale.

O Brasil fechou 2021 com 619.109 pessoas mortas pela covid-19 desde o começo da pandemia e 22,2 milhões de brasileiros diagnosticados com a doença.

Mais de 140 milhões de brasileiros estão com a imunização completa, ou seja, já tomaram a dose única ou a segunda dose da vacina.