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Vacinas de covid usadas no Brasil protegem quem já teve doença, diz estudo

De acordo com a pesquisa, os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca, Janssen e CoronaVac foram mais de 80% eficazes em proteger hospitalizações e mortes - FERNANDO SILVA /ESTADÃO CONTEÚDO
De acordo com a pesquisa, os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca, Janssen e CoronaVac foram mais de 80% eficazes em proteger hospitalizações e mortes Imagem: FERNANDO SILVA /ESTADÃO CONTEÚDO

29/12/2021 18h15

As quatro vacinas contra a covid-19 que são aplicadas no Brasil conferem proteção adicional a quem já teve a doença. É o que mostra um estudo publicado hoje ainda sem a revisão de pares no site Medrxiv.

De acordo com a pesquisa, os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca, Janssen e CoronaVac foram mais de 80% eficazes em proteger hospitalizações e mortes de pessoas que contraíram a doença pela segunda vez, após pelo menos 14 dias da segunda dose. Além disso, a efetividade de proteção contra casos sintomáticos da doença foi de 39% a 65%.

O quadro de saúde das pessoas infectadas e vacinadas foi comparado com o de pessoas infectadas e não vacinadas.

Os pesquisadores apontam que após a infecção inicial a pessoa que tomou a segunda dose do imunizante há pelo menos 14 dias tem 37,5% menos chances de ter sintomas se tiver tomado CoronaVac, 53,4% para AstraZeneca e 63,7% para Pfizer. No caso da Janssen, que era administrada como dose única à época da pesquisa, a eficácia foi de 35,8%.

Também após a segunda dose, a efetividade contra hospitalização e morte é de 82,2% com a Coronavac, 90,8% com a AstraZeneca e 87,7% com a Pfizer. Na Janssen, é de 59,2%.

O estudo foi realizado em parceria entre 18 instituições brasileiras e estrangeiras, entre elas a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a UFBA (Universidade Federal da Bahia), a Universidade de Stanford, entre outras.

Ao longo da pesquisa, foram avaliadas 22.565 pessoas com mais de 18 anos que tiveram dois testes de RT-PCR positivos. Também foram analisados 68 mil indivíduos que tiveram teste positivo e depois negativo, entre fevereiro e novembro deste ano.

O estudo não fez uma análise específica de cada variante do coronavírus e não especifica os efeitos para quem é infectado com a ômicron.