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Diabetes mata 1 pessoa a cada 5 segundos no mundo, mostram dados inéditos

vitapix/iStock
Imagem: vitapix/iStock

Bruna Alves

Do VivaBem, em São Paulo

05/11/2021 15h40

Dados iniciais e inéditos da 10ª edição do Atlas Diabetes, produzido pela IDF (International Diabetes Federation), mostram que 6,7 milhões de pessoas em todo o mundo morreram por causa do diabetes e suas complicações em 2021, isso é o equivalente a uma pessoa morta a cada cinco segundos.

O levantamento chama atenção para um aumento contínuo da doença. Atualmente, 537 milhões de pessoas no mundo, o equivalente a uma a cada dez, entre 20 e 79 anos, vivem com diabetes. Além disso, os especialistas da IDF projetaram que esse número pode chegar a marca de 643 milhões, em 2030, e 784 milhões, em 2045.

O diabetes causou pelo menos US$ 966 bilhões em gastos com saúde no último ano, um aumento de 316% nos últimos 15 anos.

Regiões pobres

O levantamento também apontou que 81% dos adultos com diabetes vivem em países de baixa ou média renda. Para se ter ideia, só na América do Sul e Central, o número de adultos com diabetes está previsto subir para 49 milhões até 2045, um aumento de 50%.

Já no Oriente Médio e no norte da África, prevê-se que o número de adultos com diabetes aumente para 136 milhões até 2045, um aumento de 87%. Isso, claro, se nada for feito.

"Estamos falhando no combate ao diabetes e não estamos conseguindo frear esse crescimento. Temos que agir mais, fazer campanhas fora de época, envolver mais a sociedade e cobrar por mais políticas públicas que fortaleçam o acesso à saúde e ao atendimento especializado de qualidade", alerta Rosane Kupfer, presidente da SBD-RJ (Sociedade Brasileira de Diabetes - regional do Rio de Janeiro).

A prevenção é importante, já que os dados mostram que 541 milhões de adultos têm tolerância à glicose diminuída, o que os coloca em alto risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Vale lembrar que pessoas com diabetes têm um risco maior de desenvolver outros problemas de saúde graves como doenças cardiovasculares, ocular, insuficiência renal, complicações na gestação, desenvolvimento de infecções e até amputação de membros.

Por isso, manter os níveis de glicose no sangue, pressão arterial e colesterol iguais ou próximos do normal pode ajudar a retardar ou prevenir as complicações do diabetes.

"Cada vez mais pessoas estão ficando diabéticas por conta do sedentarismo e da ingestão de comidas industrializadas. Existe uma armadilha no mundo hoje: as pessoas têm mais acesso à alimentação, porém a mais balanceada, com proteínas, não é acessível a todos. Os alimentos mais baratos são os ricos em carboidrato e gordura, comprometendo a dieta", explica Kupfer.

O atlas completo, com todos os dados sobre a doença, comumente feito a cada dois anos, estará disponível no dia 6 de dezembro.