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Bebê brasileiro nasce com 'cauda' de 12 centímetros e bola na extremidade

Bebê prematuro nasceu com um apêndice de 12 centímetros que tinha uma bola na extremidade. Caso aconteceu em Fortaleza  - Journal of Pediatric Surgery Case Reports
Bebê prematuro nasceu com um apêndice de 12 centímetros que tinha uma bola na extremidade. Caso aconteceu em Fortaleza Imagem: Journal of Pediatric Surgery Case Reports

Do UOL, em São Paulo

05/11/2021 10h50

Um bebê prematuro de 35 semanas nasceu com uma cauda de 12 centímetros, com uma bola na extremidade. O caso, muito raro, aconteceu no início do ano, no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza.

Os médicos realizaram uma cirurgia para remover o apêndice e relataram o procedimento no Journal of Pediatric Surgery Case Reports, publicado em fevereiro.

Todos os bebês desenvolvem uma cauda embrionária no útero entre quatro a oito semanas após a gestação, mas ela é normalmente reabsorvida pelo corpo. No caso do bebê, ela seguiu crescendo, chegando a 12 cm, com a bola na extremidade medindo 4 cm de diâmetro.

Após exames, os médicos observaram que a cauda não continha partes feitas de cartilagem e osso, o que significa que se tratava de um raro exemplo de uma verdadeira cauda humana.

cauda - Journal of Pediatric Surgery Case Reports - Journal of Pediatric Surgery Case Reports
Cauda foi retirada após o nascimento
Imagem: Journal of Pediatric Surgery Case Reports

Além disso, foram realizados exames para avaliar o quadro neurológico do bebê, e nenhuma alteração foi encontrada. Ele também não apresentava outras alterações sistêmicas além do apêndice cutâneo. A remoção foi feita sem complicações.

Segundo o Daily Mail, apenas cerca de 40 casos semelhantes já foram registrados na medicina. Estima-se que, na trajetória que dividiu macacos e humanos, há 20 milhões de anos os espécimes que encaminharam a evolução do Homo Sapiens começaram a ficar sem caudas.

O relatório publicado foi assinado por Humberto Forte (médico residente na pediatria), Carlos Eduardo Lopes Soares (estudante da Universidade Federal do Ceará), Márcia Maria de Holanda Góes Bezerra (cirurgiã pediátrica do Hospital Albert Sabin), Verlene de Araujo Verdiano (neonatologista), Rodrigo Schuler Honorio (patologista do Hospital Albert Sabin) e Francisco das Chagas Barros Brilhante (cirurgião pediátrico do Hospital Albert Sabin).