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Covid: Com 839 novas mortes, Brasil volta a ter alta na média de óbitos

Em média, morreram 531 pessoas por covid-19 nos últimos sete dias - EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Em média, morreram 531 pessoas por covid-19 nos últimos sete dias Imagem: EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Carolina Marins, Sara Baptista e Ricardo Espina

Do VivaBem, em São Paulo, e colaboração para o VivaBem, em São Paulo

22/09/2021 19h00Atualizada em 22/09/2021 21h01

Duas semanas após o feriado prolongado de 7 de Setembro, o Brasil voltou a registrar tendência de aceleração na média móvel de mortes de covid-19. Foram 839 óbitos nas últimas 24 horas, totalizando 592.357 desde o início da pandemia. Os dados foram obtidos pelo consórcio dos veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, junto às secretarias estaduais de saúde.

Em média, 531 pessoas morreram nos últimos sete dias, indicando uma alta de 16% na comparação com 14 dias atrás. A última vez que o país registrou tendência de aceleração foi em 21 de junho.

A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.

Nove estados tiveram tendência de aceleração na média de hoje, maior número desde 19 de junho. Outros seis ficaram estáveis, enquanto 11 e o Distrito Federal tiveram queda.

Das regiões, apenas o Nordeste teve queda (-21%), enquanto o Centro-Oeste teve estabilidade (-3%). As demais apresentaram alta: Norte (49%), Sudeste (26%) e Sul (23%).

Hoje também foram registrados 35.658 novos casos. Desde o início da pandemia, já foram feitos 21.282.612 diagnósticos da doença.

O estado de Santa Catarina registrou uma explosão de casos de covid-19 hoje depois de uma atualização na base de dados do e-SUS, do Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, mais de 20 mil casos foram reclassificados, resultando na inserção de 15.081 diagnósticos hoje.

Depois de quase um mês registrando nenhum ou apenas um óbito por dia, o estado do Acre inseriu 18 mortes. Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde informou que após atualização do e-SUS, a secretaria "teve acesso a 18 óbitos que não haviam sido inseridos pelos municípios na plataforma de notificação". O registrou levou a uma alta de 1.800% na média móvel de mortes.

Veja a situação por estado e no Distrito Federal

Região Sudeste

  • Espírito Santo: alta (34%)
  • Minas Gerais: alta (23%)
  • Rio de Janeiro: alta (21%)
  • São Paulo: alta (32%)

Região Norte

  • Acre: alta (1.800%)
  • Amazonas: queda (-33%)
  • Amapá: estável (0%)
  • Pará: alta (90%)
  • Rondônia: queda (-77%)
  • Roraima: queda (-40%)
  • Tocantins: alta (115%)

Região Nordeste

  • Alagoas: queda (-19%)
  • Bahia: estável (-7%)
  • Ceará: queda (-66%)
  • Maranhão: queda (-24%)
  • Paraíba: estável (0%)
  • Pernambuco: estável (1%)
  • Piauí: queda (-40%)
  • Rio Grande do Norte: queda (-18%)
  • Sergipe: queda (-25%)

Região Centro-Oeste

  • Distrito Federal: queda (-17%)
  • Goiás: alta (21%)
  • Mato Grosso: queda (-18%)
  • Mato Grosso do Sul: queda (-44%)

Região Sul

  • Paraná: alta (42%)
  • Rio Grande do Sul: estável (-7%)
  • Santa Catarina: estável (9%)

Dados do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou hoje que o Brasil reportou 876 novas mortes provocadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, a doença causou 592.316 óbitos em todo o país.

Pelos dados do ministério, houve 36.473 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 21.283.567 desde março de 2020.

De acordo com o governo federal, houve 20.295.538 casos recuperados da doença até o momento, com outros 395.713 em acompanhamento.

Veículos se unem pela informação

Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.

O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.