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Sintomas, prevenção e tratamentos para uma vida melhor


Estudo: só 17% das pessoas conhecem fator de risco para o câncer colorretal

Imagem: iStock

Do VivaBem, em São Paulo

18/09/2021 12h35

Uma pesquisa encomendada pela Bayer em parceria com a consultoria IQVIA mostrou que apenas 17% da população entrevistada conhece os principais fatores de risco para o surgimento do câncer colorretal, que são idade, excesso de peso e má alimentação.

De acordo com os especialistas, os dados são preocupantes, pois o diagnóstico precoce da doença faz toda a diferença no tratamento. O levantamento também apontou que 73% dos entrevistados, ao invés de irem ao médico, buscam informações sobre a doença na internet.

O câncer colorretal é um tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso, isto é, no cólon ou em sua porção final, o reto. Por isso, também é chamado de câncer de intestino.

"Geralmente, ele se inicia a partir de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso", explica Renata D'Alpino Peixoto, oncologista clínica, especialista em tumores gastrointestinais e neuroendócrinos do CPO Oncoclínicas.

Silencioso, ele causa sintomas, em geral, apenas em estágios mais avançados. A principal forma de prevenção da doença é o seu rastreamento por exames como colonoscopias.

Segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer), o câncer colorretal é o terceiro mais frequente entre os homens, logo depois do câncer de próstata e de pulmão, e o segundo mais incidente nas mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama.

Esse tipo de câncer atinge homens e mulheres de forma semelhante, com incidência discretamente maior na população masculina. É predominante na faixa etária adulta, principalmente a partir da quinta década de vida, sendo raro em crianças.

Como foi feita a pesquisa?

Ela contemplou 401 pessoas de todas regiões do Brasil, sendo 38% do Sudeste; 23% do Sul; 28% do Nordeste; 6% do Centro-oeste e; 5% do Norte, além de 80 médicos oncologistas especializados em tumores gastrointestinais, também do país inteiro: 50% do Sudeste; 30% Sul; 11% Nordeste; 5% Centro-Oeste e; 4% da região Norte.

Os participantes responderam um questionário online no mês de julho de 2021, mas vale destacar que apenas cerca de 30 pessoas, de fato, tinham câncer colorretal.

Segundo os dados, 52% dos entrevistados acreditam que o principal fator de risco para o câncer colorretal é o histórico familiar.

"O histórico é importante. Prova disso é que a pesquisa também mostrou que, entre pessoas com histórico na família, o câncer colorretal é o mais comum (36%)", diz Peixoto. "Mas, precisamos garantir que pessoas sem histórico da doença na família também estejam atentas aos sintomas e façam exames regularmente", reforça.

Os pacientes com câncer colorretal relataram algumas mudanças no comportamento intestinal nos últimos seis meses antes do diagnóstico. Entre elas:

  • Sensação de estufamento (54%);
  • Diarreia (51%);
  • Prisão de ventre (45%);
  • Sensação de não esvaziamento total ao defecar (28%).

"Para garantir que a doença seja detectada precocemente, o mais importante é que as pessoas fiquem atentas às mudanças em suas rotinas intestinais e que se consultem com médicos regularmente, deixando todos os exames em dia. É a melhor forma para ajudar no diagnóstico das doenças silenciosas", alerta Peixoto.

No entanto, o levantamento mostrou que apenas 60% da população costuma ir ao médico e fazer exames de rotina para prevenir doenças crônicas. Em contrapartida, também 60% dos médicos entrevistados afirmaram que seus pacientes possuem informações suficientes sobre a doença.

*Com informações de estudo publicado em 20/05/2021.

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