Estudo sugere que 7.000 passos diários reduzem risco de morte em até 70%
Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Jama Network, no dia 3 de setembro de 2021, avaliou que pessoas que atingem 7.000 passos diariamente têm um menor risco de mortalidade, cerca de 50% a 70%.
De acordo com os especialistas, o objetivo do estudo era observar uma possível associação do ritmo de vida das pessoas com a morte prematura, entre 41 e 65 anos de idade.
Esses 7.000 passos são o equivalente a percorrer de 4 km a 5 km, dependendo da altura da pessoa. Mas vale lembrar que passos dados dentro de casa já contam, então, não é tão difícil quanto parece. Ir à padaria andando, ao mercadinho, passear com o cachorro, preferir as escadas ao invés do elevador, entre outros, são detalhes que já fazem diferença.
O trabalho dos pesquisadores durou 10 anos. Nesse período, um grupo de 2.110 adultos com idades entre 38 e 50 anos foram acompanhados, sendo 51% mulheres e 42% negros.
Os especialistas dividiram os voluntários em três níveis: os que davam menos de 7.000 passos por dia; os que andavam de 7.000 a 9.999 passos; e por último aqueles que davam mais de 10 mil passos.
Durante o acompanhamento, 72 de 2.110 participantes (3,4%) morreram. As principais causas de morte foram câncer e doenças cardiovasculares.
Quais foram os resultados?
Embora os pesquisadores tenham avaliado a etnia e gênero, isso não foi relevante nos resultados. Eles concluíram que aqueles que davam 7.000 passos por dia tinham de 50% a 70% menos risco de morte prematura, em relação àqueles que não andavam ou não atingiam esta marca.
E olha só: os dados mostraram que ultrapassar 10 mil passos não reduziu o risco de mortalidade mais do que aqueles que já batiam os 7.000. Ou seja, não precisa de muito para se obter benefícios significativos para a saúde e prevenir doenças.
O estudo focou na importância da regularidade dos exercícios, não na intensidade. Os dados foram concluídos entre 2020 e 2021.
"Para examinar o impacto potencial da causa reversa, removemos participantes que morreram nos primeiros 2 anos de acompanhamento", disseram os autores, acrescentando que a dieta não influenciou nos resultados.
Por que esse estudo é importante?
A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda de 150 a 300 minutos (2h30 a 5h) de prática de exercícios durante a semana. Mas para muitas pessoas essa meta é difícil de ser atingida.
Um dos principais problemas, para aqueles que se dispõem a tentar, é justamente a dificuldade em permanecer e a pressa em querer ver resultados rápidos.
Esse estudo ressaltou, porém, que simples passos despercebidos no dia a dia já somam benefícios para o corpo.
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