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Fiocruz indica possível alta de casos de síndrome respiratória grave

Boletim InfoGripe da Fiocruz indica possível alta de casos de síndrome respiratória grave - BBC
Boletim InfoGripe da Fiocruz indica possível alta de casos de síndrome respiratória grave Imagem: BBC

Do UOL, em São Paulo

18/08/2021 15h49Atualizada em 18/08/2021 16h20

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) identificou um possível crescimento de casos da síndrome respiratória aguda grave em nível nacional. A doença está relacionada à covid e pode indicar maior transmissão do vírus. As informações constam na nova edição do boletim InfoGripe, divulgado hoje.

Segundo o estudo, quatro das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas). São eles: Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.

Agora, pesquisadores da Fiocruz pedem cautela aos estados que planejam flexibilizar as medidas sanitárias contra a covid.

[O indicador de transmissão comunitária] evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão e proteção à vida."
Pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe

Apenas cinco estados apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo: Alagoas, Mato Grosso, Paraíba, Roraima e Tocantins. No caso de Mato Grosso, entretanto, a Fiocruz indica que há subnotificação de casos de síndrome respiratória grave.

Os dados são referentes ao período entre 8 e 14 de agosto e a análise é feita a partir de dados que foram inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe até 16 de agosto.

Entre as capitais, seis mostram tendência de crescimento ao longo prazo. É o caso de Curitiba (SC), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). No curto prazo, Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Porto Velho (RO) e Teresina (PI) apresentam alta no número de casos de síndrome respiratória aguda grave.

"Nos estados em que temos sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo, deve-se interpretar como sinalização de possível interrupção de queda, com tendência de crescimento a ser reavaliada nas próximas semanas", ressaltou Gomes.

Todas as capitais encontram-se hoje em macrorregiões de saúde com nível alto ou superior:

Nível extremamente alto

  • Belo Horizonte
  • Brasília
  • Campo Grande
  • Curitiba
  • Goiânia
  • Rio de Janeiro
  • São Paulo

Nível muito alto

  • Florianópolis
  • Macapá
  • Porto Alegre
  • Recife
  • Teresina

Nível alto

  • Aracaju
  • Belém
  • Boa Vista
  • Cuiabá
  • Fortaleza
  • João Pessoa
  • Maceió
  • Manaus
  • Natal
  • Palmas
  • Porto Velho
  • Rio Branco
  • Salvador
  • São Luís
  • Vitória

"Tal situação manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, caso não haja nova mobilização por parte das autoridades e população locais", afirmou o pesquisador Marcelo Gomes.