Covid: Com 886 novas mortes, Brasil tem menor média de óbitos desde 7/2
O Brasil registrou 886 mortes de covid-19 nas últimas 24 horas, chegando a um total de 555.512 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes foi a menor em quase seis meses. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, coletados junto às secretarias estaduais de saúde.
A média móvel de mortes, que calcula a média diária a partir dos óbitos registrados nos últimos sete dias, foi de 1.013 hoje, a menor desde 2 de fevereiro —quando registrou 1.004. Com o número de hoje, o país completa oito dias com tendência de estabilidade (-15%).
O índice, porém, ainda é alto e chegou ao 191º dia consecutivo acima de mil. Na chamada primeira onda da pandemia no Brasil, o máximo de tempo que a média móvel ficou acima de mil foram 31 dias.
A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorre aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.
Hoje também foram registrados 40.128 novos casos de coronavírus. Desde o início da pandemia já foram feitos 19.879.037 diagnósticos positivos da doença.
Três estados tiveram mais de cem mortes desde as 20h de ontem. Foram eles: São Paulo (266), Rio de Janeiro (137) e Minas Gerais (121).
Por outro lado, Goiás fez uma revisão nos seus registros de óbitos e com isso teve um número negativo de mortes hoje. O Acre não registrou nenhuma morte pelo segundo dia consecutivo.
Catorze estados e o Distrito Federal registraram tendência de queda, enquanto nove tiveram estabilidade. Espírito Santo, Rio de Janeiro e Amapá tiveram aceleração.
Das regiões, Centro-Oeste (-7%) e Sudeste (-10%) apresentaram estabilidade. As demais tiveram queda: Nordeste (-28%), Norte (-18%) e Sul (-21%).
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: alta (17%)
- Minas Gerais: estável (-9%)
- Rio de Janeiro: alta (16%)
- São Paulo: queda (-19%)
Região Norte
- Acre: queda (-80%)
- Amazonas: estável (8%)
- Amapá: alta (31%)
- Pará: queda (-22%)
- Rondônia: estável (-3%)
- Roraima: estável (-4%)
- Tocantins: queda (-38%)
Região Nordeste
- Alagoas: queda (-23%)
- Bahia: queda (-39%)
- Ceará: queda (-30%)
- Maranhão: queda (-22%)
- Paraíba: queda (-31%)
- Pernambuco: estável (8%)
- Piauí: estável (-4%)
- Rio Grande do Norte: queda (-52%)
- Sergipe: queda (-64%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: queda (-26%)
- Goiás: estável (-4%)
- Mato Grosso: estável (6%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-16%)
Região Sul
- Paraná: queda (-23%)
- Rio Grande do Sul: queda (-26%)
- Santa Catarina: estável (-4%)
Dados do Ministério da Saúde
Nas últimas 24 horas, foram registradas 963 novas mortes causadas pela covid-19 no Brasil, conforme boletim divulgado hoje pelo Ministério da Saúde. Desde o começo da pandemia, a doença provocou 555.460 óbitos em todo o país.
Pelos dados da pasta, houve 40.904 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje, elevando o total de infectados para 19.880.273 desde março de 2020.
De acordo com o governo federal, 18.595.380 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 729.433 em acompanhamento.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de saúde das 27 unidades da federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
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