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Iogurte búlgaro, grego ou tradicional? Veja diferenças e qual é melhor

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Luiza Ferraz

Colaboração para VivaBem

27/07/2021 04h00

O iogurte costuma ser queridinho de quem busca uma dieta balanceada, uma vez que geralmente é boa fonte de cálcio e proteínas. Mas além das versões disponíveis nas prateleiras do mercado, uma nova opção acaba de chegar ao Brasil e já levantou dúvidas sobre seus benefícios. Sim, estamos falando do iogurte búlgaro.

O grande diferencial dele está na concentração de Lactobacillus bulgaricus, bactéria identificada pela primeira vez em 1905 pelo cientista Stamen Grigorov e que dá nome à iguaria. Esse microrganismo tem grandes benefícios para a saúde: melhora o funcionamento intestinal, ajuda na digestão, além de favorecer o controle de peso, a diminuição dos níveis de colesterol e a melhora do sistema imunológico.

Por ter uma alta porcentagem de probióticos, ele ainda ajuda a melhorar a endorfina e serotonina no cérebro, sendo bom para o humor, para a compulsão alimentar e trazendo mais saciedade, segundo Angélica Grecco, nutricionista do Instituto EndoVitta.

Ele é produzido e fermentado dentro da própria embalagem, dispensando o processo de centrifugação e alcançando uma consistência espessa, além de um sabor encorpado e denso.

No Brasil, o iogurte búlgaro tem um grande rival: o grego, que ganhou protagonismo nas prateleiras dos mercados pela alta quantidade de proteínas, além da textura cremosa, mas, quando comparado em valores nutricionais à nova opção, acaba ficando em desvantagem.

A alternativa da Bulgária conta com cerca de 83 calorias e 3,2 g de gorduras totais em 100 gramas de produto. Na mesma porção e produzido pelo mesmo fabricante, o grego contém 152 calorias e 7,4 g de gorduras totais, sendo 5 g delas saturadas. Ambos são boas fontes de cálcio.

O iogurte integral comum, por sua vez, é o menos calórico de todos, mas também possui o menor teor de proteínas. "O búlgaro é a melhor opção dos três, tendo menos gorduras do que um copo de leite", afirma Grecco.

Além disso, a nova versão do alimento também é fonte de minerais e vitaminas B1, B2, B12, A, D e E. As nutricionistas ainda recomendam que nenhuma dessas versões sejam consumidas com açúcar, podendo ser combinadas com cereais, frutas, mel e geleias.

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Iogurte búlgaro chegou recentemente ao mercado brasileiro e é boa fonte de vitaminas e minerais, além da proteína
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Indicações e contraindicações

Esse iogurte pode ser consumido por qualquer um que não tenha intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite, mas é especialmente recomendado para aqueles que possuem quadros gastrointestinais.

"Pode ser interessante para recuperar o organismo após episódios de diarreia, reduzindo dores e desconfortos abdominais", afirma Clarissa Fujiwara, coordenadora de nutrição da Liga de Obesidade Infantil do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

Pelo seu processo de fermentação mais lento, o iogurte búlgaro conta com um baixo índice de lactose e é mais digerível que os demais, podendo até ser consumido por indivíduos que têm uma intolerância leve a essa substância. "É importante ressaltar que depende do grau da pessoa. Ele é contraindicado para quem tiver um distúrbio mais severo", aponta Grecco.

A presença dos microrganismos na sua composição também pode ser benéfica para quem tem esse diagnóstico leve. "Ele reduz sintomas gastrointestinais e associados à má digestão", diz Fujiwara.

Nos casos mais graves, é importante consumir concomitantemente com a enzima lactase ou optar, futuramente, por opções zero lactose —ainda não disponíveis no mercado brasileiro para esse produto.

Quanto posso consumir diariamente?

Na Bulgária, seu país de origem, esse iogurte é usado em praticamente todas as refeições, de salgadas até doces —está presente em saladas, sopas, bebidas e sobremesas.

Diferente de outras opções oferecidas, ele pode ser consumido até duas vezes por dia em porções de 100 g, pela sua alta quantidade de probióticos e baixo índice de gorduras.

"É uma excelente forma de incluir uma fonte de proteínas e cálcio no cardápio. Um alimento que pode ser combinado a outros para um lanche intermediário ou fazendo parte de um café da manhã", completa Fujiwara.