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MG: Governo pode desistir de Sputnik V se entrega demorar mais

Minas encomendou 428 mil doses da vacina russa, mas ainda não há previsão de entrega do lote - Reprodução/Divulgação
Minas encomendou 428 mil doses da vacina russa, mas ainda não há previsão de entrega do lote Imagem: Reprodução/Divulgação

Colaboração para o UOL

23/07/2021 14h09

O governo de Minas Gerais afirma que poderá cancelar o contrato de compra da vacina Sputnik V contra a covid-19, caso as doses não cheguem até o fim de julho. Segundo o secretário estadual de Saúde, Fábio Bacchretti, a demora na entrega poderá tornar a vacina deste fabricante desnecessária.

"Minas Gerais continua negociando, na tentativa que a gente traga isso o mais rápido possível. Caso não consigamos trazer o mais rápido possível, perde a sua necessidade, uma vez que o nosso calendário está avançando muito bem", explicou Bacchretti, em entrevista à imprensa hoje.

Foi fixado um prazo até o fim do mês de julho para que o Fundo Soberano Russo entregue a remessa de 428 mil unidades previstas. Segundo o secretário, a percepção de "dificuldade de entrega dessas doses".

Condições controladas

O imunizante tem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para uso em condições controladas e em quantidades específicas. A União Química, empresa responsável pela produção da Sputnik V no Brasil, informou ao UOL que irá pedir o registro definitivo da vacina, pela primeira vez, em agosto.

Recentemente, no entanto, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil já tem a quantidade suficiente de vacinas para imunizar, até o fim do ano, toda população acima de 18 anos. Por isso, não seriam necessárias compras de doses da Covaxin ou da Sputnik V para incluir no PNI (Plano Nacional de Imunização).

Sputnik V para outros estados

Recentemente, os governadores do Consórcio Nordeste anunciaram que 1,1 milhão de doses da Sputnik V chegarão ao Brasil no dia 28 de julho, pelo Aeroporto de Recife. Os estados da região possuem um contrato para a compra de 37 milhões de doses da vacina diretamente com o Fundo Soberano Russo, sem empresas intermediando o negócio.

Já Mato Grosso do Sul desistiu oficialmente de comprar doses da vacina. A desistência, segundo o secretário de Saúde, Geraldo Resende, se deu por conta das restrições determinadas pela Anvisa, como a compra e uso de apenas 1%. Uma próxima liberação, com ampliação do montante, no visão dele, aconteceria muito tarde. Isso porque MS pretende vacinar toda a população adulta até o fim de agosto.